A Receita Federal admitiu erros nas informações divulgadas nesta terça-feira, 29, e corrigiu nesta quarta, 30, a estimativa de alta nos preços das bebidas frias ao consumidor: será de 2,25%, em média, e não de 1,3%, como o órgão havia divulgado. Essa taxa, entretanto, ainda é menor do que o setor espera de elevação, pelo menos 5%.
Fabricantes de bebidas frias reclamaram hoje que o governo federal publicou no Diário Oficial da União uma tabela de tributos para a fabricação de bebidas frias diferente da anunciada ontem à noite pela Receita Federal. Em nota divulgada na noite de hoje, a Receita Federal afirmou que "foram constatadas inconsistências nas informações divulgadas à imprensa acerca dos valores de bebidas frias".
Segundo a Receita, valem, portanto, as informações divulgadas no Diário Oficial. Na tarde de hoje, representantes de empresas que fabricam bebidas frias afirmaram que a tabela publicada hoje contém preços de referência 10% maiores, em média, do que foi anunciado ontem. Segundo cálculos feitos por fabricantes de bebidas frias, como Ambev, Heineken, Coca-Cola, entre outros, os preços no atacado devem aumentar "pelo menos 5%", e não 1,3%, como disse ontem o secretário da Receita, Carlos Alberto Barreto. Para o consumidor, é possível que o aumento seja ainda maior, porque o varejo também pode repassar os custos mais elevados.