A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de maio deve ficar em 0,50%, informou nesta segunda-feira, o coordenador do índice e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, em entrevista para comentar o indicador de 0,77% em abril. Em março, o IPC-S foi de 0,85%.
De acordo com Picchetti, a expectativa é de que neste mês haja uma desaceleração mais firme dos preços de alimentação, num ritmo maior do que o visto em abril. "Esperava que os preços dos alimentos tivessem uma desaceleração maior em abril, principalmente os in natura", disse o coordenador, ao falar sobre o motivo pelo qual a inflação de abril fechou bem acima da sua previsão de 0,60%. De março para abril, o grupo Alimentação passou de 1,63% para 1,42%.
Segundo Picchetti, outros fatores também vão ajudar a inflação a recuar de abril para maio, entre eles alívio nos preços dos combustíveis e a saída gradual dos impactos dos reajustes dos medicamentos e das tarifas de ônibus no Rio de Janeiro. "Há espaço para a desaceleração da inflação", comentou. Por outro lado, o movimento deve ser limitado por algumas pressões de alta, como a previsão de mais reajustes nos preços da energia e do condomínio residencial.