A culinária de Minas ganhou mais uma ferramenta para agregar valor e ganhar o mundo. Foi lançada ontem, no Senac, a Frente em Defesa da Gastronomia Mineira. A iniciativa é do deputado estadual Agostinho Patrus e conta com 22 entidades de toda a cadeia produtiva da alimentação no estado, entre elas a Associação Brasileira de Bares e Restaurante de Minas Gerais (Abrasel-MG), sindicatos, indústrias, entre outras, como apoiadoras. A ideia é reforçar a marca de Minas no país e internacionalmente, articulando ações conjuntas para ampliar iniciativas e diretrizes para o setor.
“A gastronomia é o nosso carro-chefe e 20% do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas estão relacionados à ela, que envolve desde o pequeno produtor até a indústria. É uma das nossas maiores riquezas e precisamos dar mais atenção ao setor”, afirma Agostinho Patrus. De acordo com o deputado, hoje, 22% dos gastos dos turistas que visitam o estado são para o consumo de itens da alimentação e 30% deles têm como referência de imagem do estado a gastronomia do pão de queijo, feijão tropeiro, frango com quiabo, entre outros pratos.
O chef de cozinha do Rima dos Sabores, Juliano Caldeira, apoia a ideia e afirma que o objetivo é discutir os problemas do setor. “Espero que dê certo e que não fique só no papel. Hoje, a gastronomia não recebe a atenção que deveria.”
O secretário de Turismo e Esporte de Minas Gerais, Tiago Lacerda, afirma que o governo estará empenhado nos trabalhos da Frente para que o setor seja inserido no cenário internacional, fazendo com que o estado ganhe mais visitantes. “É mais fácil trabalhar com um produto que já é reconhecido e a gastronomia mineira é a melhor do nosso país e já caiu no gosto do turista.” A Frente em Defesa da Gastronomia já tem audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais marcada para 2 de junho, aberta aos interessados em participar das discussões.