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Estado de Minas

Produção industrial em Minas segue abaixo da registrada em 2008

Defasagem em relação ao período anterior à crise é de 4,8%. Na contramão, italiana Ferrero anuncia investimento em MG


postado em 10/05/2014 06:00 / atualizado em 10/05/2014 07:05

A produção industrial em Minas Gerais ainda não voltou ao nível anterior à crise de 2008, deflagrada pela quebra do banco americano Lehman Brothers, que tinha cerca de US$ 600 bilhões em ativos em mais de 80 países. Estudo divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o indicador está 4,8% abaixo do observado em julho daquele ano. Em março passado, no último mês fechado pelo IBGE, a produção industrial em Minas caiu 0,2% no confronto entre março e fevereiro. No Brasil, o recuo foi de 0,5% na mesma base de comparação.


“Os resultados recentes para Minas Gerais mostram uma padrão de irregularidade, com meses de crescimento seguidos por quedas, com alguns resultados bastante expressivos nas duas direções”, avaliou Antônio Braz, analista do IBGE. Dessa forma, acrescenta, o indicador subiu 4,1% no acumulado deste ano e 1,1% no acumulado de 12 meses encerrado em março. Neste último mês, destaque para a fabricação de máquinas e equipamentos (18,2%), de coque e produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (6,8%), de gêneros alimentícios (5,4%) e têxteis (6,0%).

No mesmo período, porém, o faturamento real da indústria mineira recuou 1,11%, segundo um estudo também divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Os economistas da entidade, contudo, avaliam que o crescimento de outros dois indicadores sugerem a possibilidade de aumento nas vendas nos próximos meses: “As variáveis ligadas à produção – horas trabalhadas e utilização da capacidade instalada – mostraram crescimento, podendo indicar aumento nas vendas para os próximos meses”.

As horas trabalhadas subiram 1,37% entre janeiro e março desse ano e o mesmo período do exercício anterior. Na mesma base de comparação, a utilização da capacidade instalada foi de 85,34% – crescimento de 2,08%. “No acumulado do primeiro trimestre, a massa salarial real cresceu 6,42% e o resultado foi homogêneo entre os setores – 11 dos 16 pesquisados mostraram elevação. O setor de produtos de minerais não metálicos apresentou a maior variação (37,92%) e também a maior influência (2,15 pontos percentuais)”.

Ainda segundo a Fiemg, o nível de emprego no setor declinou 0,17% no confronto entre o primeiro trimestre desse ano e o mesmo período de 2013. Dos setores analisados, oito apuraram recuo, tendo o de petróleo e biocombustíveis (-13%) liderado o ranking negativo.

APOSTA Na contramão da queda da produção industrial, a italiana Ferrero, fabricante dos chocolates Ferrero Rocher, Kinder, Nutella e TicTac, anunciou ontem que vai investir R$ 200 milhões em sua unidade de Poços de Caldas, no Sul de Minas. O aporte, que será alocado até 2015 e irá gerar 100 postos de trabalho, permitirá à Ferrero dobrar sua capacidade de produção e construir um novo centro de distribuição com 17 mil posições-palets.

“O Brasil é considerado estratégico para a Ferrero. E esse investimento nos permitirá acompanhar o crescimento na demanda por produtos de qualidade superior”, afirma Carlos Magan, responsável pelas operações da Ferrero no Brasil e no Cone Sul.


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