O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, deixou a reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta terça-feira, comemorando a decisão do governo de adiar a alta dos impostos para as bebidas frias, como cervejas e refrigerantes. "O ministro entendeu que o ajuste veio em momento ruim", disse.
Solmucci relatou, antes do próprio ministro Mantega, que o governo tinha se comprometido a rever a tabela com o aumento dos impostos e que essa alta só terá início em setembro, e não mais em junho. "Só haveria demissão no setor se houvesse aumento de imposto", afirmou ele, que, antes da reunião, havia dito que 200 mil trabalhadores do setor poderiam ser demitidos após a Copa do Mundo se o governo mantivesse a decisão de aumentar os tributos para as bebidas frias.
No fim de abril, às vésperas da Copa do Mundo, a Receita Federal havia anunciado a elevação do imposto das bebidas frias, em busca de mais arrecadação. O novo aumento foi anunciado pelo secretário da Receita, Carlos Alberto Barreto, um mês depois de o governo ter feito um reajuste na tributação desses mesmos produtos. A alta entraria em vigor em 1º de junho. A expectativa era que o aumento dos preços ao consumidor fosse de 2,25%, em média.