A Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), que congrega as quatro maiores indústrias do país (Ambev, Petrópolis, Brasil Kirin e Heineken), considerou que o adiamento da aplicação do reajuste dos tributos incidentes sobre bebidas frias resultou do diálogo entre o setor e o governo federal. "O diálogo permitiu que o aumento de tributos fosse prorrogado por três meses em função da importância do setor como indutor da economia", afirmou a associação, em nota divulgado nesta terça-feira.
O adiamento de junho para setembro foi anunciado no início desta tarde desta terça pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Anunciado há duas semanas, o aumento dos impostos passaria a valer já no próximo dia 1º, às vésperas da realização da Copa do Mundo. No comunicado, a CervBrasil "reconhece a sensibilidade" do governo em evitar o reajuste antes do Mundial, "devido à importância do produto cerveja nos momentos mais marcantes de comemoração popular".
Segundo o ministro, a suspensão temporária ocorre devido a divergências na tabela de aumento dos tributos para bebidas, que será revista. Além de ser prorrogado, o aumento das taxas ocorrerá de forma escalonada. Antes do adiamento, a expectativa da Receita Federal era de que o aumento dos preços ao consumidor subisse, em média, 2,25%. Para fabricantes, a alta dos preços poderia chegar a 5%.
"A indústria reafirma sua crença de que o diálogo para buscar soluções conjuntas é a forma de fazer com que o País e todos os seus agentes - Estado, iniciativa privada e cidadão -, colham os melhores benefícios", conclui a nota da associação.