O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reforça, neste momento, na Câmara dos Deputados, o discurso do governo sobre o fim da crise econômica. Ele disse que, ainda neste mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará o Produto Interno Bruto (PIB) revisado do Brasil, que alterará a indicação sobre o desempenho da economia brasileira.
Mantega, no entanto, não antecipou o resultado que será divulgado. “Não se sai com facilidade de uma crise do tamanho da que nos acometeu. Mas o Brasil está com uma previsão diferente do Fundo Monetário Internacional [FMI]”, disse. Em abril, o FMI reduziu as estimativas de crescimento do Brasil para 1,8% este ano. Ele participa de audiência nas comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.
O ministro lembrou ainda que, no ano passado, a partir de maio, o mundo voltou a sofrer turbulências internacionais com o anúncio do Federal Reserve (Fed) – o Banco Central dos Estados Unidos – de uma redução nos estímulos na economia norte-americana, com a melhoria no cenário local. “Isso fez com que os recursos dos mercados emergentes deixassem esses países e fossem em busca de melhores resultados nos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Os analistas apressados queriam decretar finados os países emergentes”.
Mantega ressaltou, porém, que quando começou a operação do Fed de tirar US$ 10 bilhões por mês no pacote de estímulos econômicos criado para tirar os Estados Unidos da crise, o mercado já havia antecipado as reações às mudanças no mercado de capitais e “nada aconteceu”. “Houve uma calmaria nos mercados mundias com a volta do fluxo de capitais aos mercados, com patamares melhores. A taxa de câmbio voltou ao normal e estabeleceu-se uma certa tranquilidade. Não deixamos de receber investimentos estrangeiros diretos. Então, o Brasil manteve-se como um dos maiores receptores de investimentos diretos do mundo”, avaliou.
O ministro fala neste momento sobre a aquisição pela Petrobras da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, que teria ocasionado perdas contábeis superiores a US$ 500 milhões à estatal de petróleo. Na audiência, estão sendo discutidos também os rumos da economia brasileira. O ministro iniciou a apresentação sem tratar de Pasadena, fazendo um panorama da situação econômica no mundo.