Quem pretende fazer renda extra trabalhando na Copa do Mundo pode conseguir uma vaga na última hora. Faltando 20 dias para o Mundial, empresas do varejo e de serviços continuam oferecendo oportunidades temporárias, que poderão se transformar em contratação permanente. Com o encerramento das inscrições para as vagas direcionadas aos jogos, ainda são procurados profissionais de perfis diversos para lidar com a demanda indireta. Há chance de trabalho temporário para profissionais bilíngues, que atuarão como recepcionistas, mas também para funções de base de supermercados e restaurantes, como padeiro, embalador e auxiliar de cozinha. A remuneração diária para os que falam inglês fluente e têm disponibilidade de horário pode variar de R$ 100 a R$ 800, de acordo com trabalho.
No setor de bares e restaurantes da capital ainda há vagas para aqueles que gostam de trabalhar com o público. Segundo o diretor executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG), Lucas Pêgo, quem se interessa pelo segmento encontrará facilidade para ser admitido até a Copa. “Existem algumas demandas pontuais, como recepcionista bilíngue e garçom temporário para o Mundial, mas fora isso temos uma demanda reprimida dos bares e restaurantes em torno de 4 mil vagas”, conta.
Os profissionais mais procurados são aqueles para funções básicas, como auxiliar de cozinha, cozinheiro, atendente e caixa. “Todos os nossos associados têm pelo menos dois desses cargos em aberto”, conta. Pêgo lembra ainda a existência de um banco de currículos que recebe as informações dos candidatos e as repassa para os empresários do setor. “Todo currículo que chega a absorção é quase imediata e os empregos temporários têm grande chance de se tornarem fixos”, garante. Para os interessados, ele indica enviar currículo para a Abrasel (associadosmg@abrasel.com.br).
Na última semana, o restaurante Xapuri contratou a última recepcionista bilíngue, que vai trabalhar durante todo o período da Copa do Mundo, das 9h às 17h, com salário fixo. Roberta Ramos, responsável pelo setor de Recursos Humanos, agora corre contra o tempo para completar a equipe da cozinha até a Copa. “A maior dificuldade é encontrar mão de obra que more perto do restaurante, na região da Pampulha”, diz. As vagas são para cozinheiro pleno, cozinheiro auxiliar e auxiliar de cozinha. Entre as dificuldades para preencher o quadro, além da distância entre o emprego e residência dos candidatos, ela lembra a concorrência de outros restaurantes, que também estão aumentando o número de funcionários.
Demanda
Com foco no atendimento personalizado ao turista estrangeiro, o diretor da Focus Soluções em Idiomas, Cláudio Aguiar, continua recebendo currículos. “Como não sabemos como será a procura estamos preparando uma equipe para que ela esteja pronta quando a demanda surgir”, explica. A procura por esses profissionais, que podem receber até R$ 800 por dia de acordo com o trabalho, já cresceu 50% em relação a um mês comum. Entre os características procuradas, está a capacidade para lidar com situações adversas, boa comunicação, inglês e espanhol fluente e bastante disponibilidade de tempo. “A proposta do serviço é oferecer um acompanhamento em atividades relacionados a business, compras, supermercado ou hospital”, detalha.
No varejo, o Grupo Super Nosso está com 200 vagas abertas e se aproveita da Copa para tentar preenchê-las. Distribuídas entre as lojas do Apoio Mineiro e Super Nosso as vagas visam a melhoria do atendimento para o evento, mas há a possibilidade de contratação. A maioria delas é destinada às lojas que terão maior movimento no Mundial, como os bairros Pampulha, Castelo, Lourdes e Cruzeiro. Os cargos variam entre açougueiro, padeiro, embalador, atendente de caixa e auxiliar de operações. Para essas unidades, há também vagas para recepcionistas bilíngues.
Hotéis têm necessidade de pessoal
A hotelaria também procura por mão de obra para dar conta de uma expansão de 25% da rede em Belo Horizonte. Segundo a presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (Abih-MG), Patrícia Azeredo Coutinho, a grande maioria das vagas visam à Copa, mas devem se tornar fixas depois do evento. “Temos emprego para recepção, reservas, camareiras, manobristas, entre outros”, conta ela, que mostra um incremento de 10% no quadro de pessoal. Os interessados, com ou sem experiência, podem encaminhar seus currículos pelo site da Abih-MG ou pelo email abihmg@abihmg.com.br. Apenas a rede Bristol tem 54 vagas para preenchimento imediato.
No Instituto Inhotim, 30 vagas estão abertas para os interessados. A diretora executiva adjunta Sílvia Tenório explica que a procura por pessoal temporário é normal para períodos de alta temporada, quando o espaço recebe até 10 mil pessoas por dia. As oportunidades são para caixa, garçom, monitores de área de acolhimento das galerias e receptivo nos restaurantes e na recepção.
Idioma Para preencher alguns desses cargos é necessário, no mínimo, ter inglês intermediário. A necessidade de um segundo ou terceiro idioma e o salário varia de acordo com a função. “Os candidatos têm que ter bom relacionamento interpessoal. E se o desempenho corresponder ao que precisamos pode haver chance de parte deles serem contratados”, comenta. Os interessados podem enviar o currículo para o email do Inhotim (trabalheconosco@inhotim.org.br).
Além dos setores de alimentação, de serviços e do varejo, outros segmentos também oferecem oportunidades de trabalho. A FSB Comunicações busca 28 profissionais para atuar nos Centros Abertos de Mídia (CAM), das cidades-sede, em contato direto com a mídia de diversas partes do mundo. O trabalho terá duração média de 30 dias. Em Belo Horizonte são duas vagas. Para essas vagas são procurados profissionais formados em comunicação social com especialização em jornalismo ou relações públicas, experiências anteriores e inglês fluente. Além da capital, há vagas em São Paulo, Recife, Salvador, Natal, Manaus, Porto Alegre, Fortaleza. Cuiabá e Curitiba. (CM)
Time completo no campo
Fora as vagas que ainda estão em aberto, muitas outras já foram preenchidas ao longo do ano. Entre os processos que chegaram ao fim está o comandado pela CSM Marketing Esportivo, que por intermédio da Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese) selecionou 1,2 mil temporários para trabalho, durante os jogos, dentro do Mineirão. As oportunidades foram oferecidas para maiores de 18 anos, que vão trabalhar no setor de alimentação do estádio, com diárias que variam de R$ 100 a R$ 150.
O Senac também encaminhou profissionais para centenas de vagas. De acordo com coordenadora do Banco de Oportunidades, Ana Roberta da Cruz, cerca de 400 profissionais foram aprovados para trabalhar como recepcionistas, cozinheiros, garçons e em outros cargos no estádio. Entre as principais dificuldades do processo, ela destacou o domínio de um segundo idioma. “O inglês foi um empecilho para quem estava contratando. Em alguns casos o número de bilíngues não foi atingido, principalmente na contratação de recepcionistas para o estádio, para aeroporto e hotéis ”, lembra. Como resultado, segundo a coordenadora, as empresas acabaram diminuindo as exigências e investimento em mais treinamento.
A dificuldade dessas empresas acontecem mesmo diante da busca por qualificação. De acordo com balanço do Ministério do Turismo, somente em Belo Horizonte o Pronatec Turismo matriculou 4.465 pessoas em cursos de idiomas, recepcionista de meios de hospedagem, garçom, auxiliar de cozinha, entre outros. Ao todo, Minas Gerais atingiu a marca de 7.153 matriculados. Entre os municípios que participaram do programa, Brumadinho, Congonhas, Diamantina, Mariana, Nova Lima, Ouro Preto, Sabará, São João Del Rei, Sete Lagoas e Tiradentes. (CM)
No setor de bares e restaurantes da capital ainda há vagas para aqueles que gostam de trabalhar com o público. Segundo o diretor executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG), Lucas Pêgo, quem se interessa pelo segmento encontrará facilidade para ser admitido até a Copa. “Existem algumas demandas pontuais, como recepcionista bilíngue e garçom temporário para o Mundial, mas fora isso temos uma demanda reprimida dos bares e restaurantes em torno de 4 mil vagas”, conta.
Os profissionais mais procurados são aqueles para funções básicas, como auxiliar de cozinha, cozinheiro, atendente e caixa. “Todos os nossos associados têm pelo menos dois desses cargos em aberto”, conta. Pêgo lembra ainda a existência de um banco de currículos que recebe as informações dos candidatos e as repassa para os empresários do setor. “Todo currículo que chega a absorção é quase imediata e os empregos temporários têm grande chance de se tornarem fixos”, garante. Para os interessados, ele indica enviar currículo para a Abrasel (associadosmg@abrasel.com.br).
Na última semana, o restaurante Xapuri contratou a última recepcionista bilíngue, que vai trabalhar durante todo o período da Copa do Mundo, das 9h às 17h, com salário fixo. Roberta Ramos, responsável pelo setor de Recursos Humanos, agora corre contra o tempo para completar a equipe da cozinha até a Copa. “A maior dificuldade é encontrar mão de obra que more perto do restaurante, na região da Pampulha”, diz. As vagas são para cozinheiro pleno, cozinheiro auxiliar e auxiliar de cozinha. Entre as dificuldades para preencher o quadro, além da distância entre o emprego e residência dos candidatos, ela lembra a concorrência de outros restaurantes, que também estão aumentando o número de funcionários.
Demanda
Com foco no atendimento personalizado ao turista estrangeiro, o diretor da Focus Soluções em Idiomas, Cláudio Aguiar, continua recebendo currículos. “Como não sabemos como será a procura estamos preparando uma equipe para que ela esteja pronta quando a demanda surgir”, explica. A procura por esses profissionais, que podem receber até R$ 800 por dia de acordo com o trabalho, já cresceu 50% em relação a um mês comum. Entre os características procuradas, está a capacidade para lidar com situações adversas, boa comunicação, inglês e espanhol fluente e bastante disponibilidade de tempo. “A proposta do serviço é oferecer um acompanhamento em atividades relacionados a business, compras, supermercado ou hospital”, detalha.
No varejo, o Grupo Super Nosso está com 200 vagas abertas e se aproveita da Copa para tentar preenchê-las. Distribuídas entre as lojas do Apoio Mineiro e Super Nosso as vagas visam a melhoria do atendimento para o evento, mas há a possibilidade de contratação. A maioria delas é destinada às lojas que terão maior movimento no Mundial, como os bairros Pampulha, Castelo, Lourdes e Cruzeiro. Os cargos variam entre açougueiro, padeiro, embalador, atendente de caixa e auxiliar de operações. Para essas unidades, há também vagas para recepcionistas bilíngues.
Hotéis têm necessidade de pessoal
A hotelaria também procura por mão de obra para dar conta de uma expansão de 25% da rede em Belo Horizonte. Segundo a presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (Abih-MG), Patrícia Azeredo Coutinho, a grande maioria das vagas visam à Copa, mas devem se tornar fixas depois do evento. “Temos emprego para recepção, reservas, camareiras, manobristas, entre outros”, conta ela, que mostra um incremento de 10% no quadro de pessoal. Os interessados, com ou sem experiência, podem encaminhar seus currículos pelo site da Abih-MG ou pelo email abihmg@abihmg.com.br. Apenas a rede Bristol tem 54 vagas para preenchimento imediato.
No Instituto Inhotim, 30 vagas estão abertas para os interessados. A diretora executiva adjunta Sílvia Tenório explica que a procura por pessoal temporário é normal para períodos de alta temporada, quando o espaço recebe até 10 mil pessoas por dia. As oportunidades são para caixa, garçom, monitores de área de acolhimento das galerias e receptivo nos restaurantes e na recepção.
Idioma Para preencher alguns desses cargos é necessário, no mínimo, ter inglês intermediário. A necessidade de um segundo ou terceiro idioma e o salário varia de acordo com a função. “Os candidatos têm que ter bom relacionamento interpessoal. E se o desempenho corresponder ao que precisamos pode haver chance de parte deles serem contratados”, comenta. Os interessados podem enviar o currículo para o email do Inhotim (trabalheconosco@inhotim.org.br).
Além dos setores de alimentação, de serviços e do varejo, outros segmentos também oferecem oportunidades de trabalho. A FSB Comunicações busca 28 profissionais para atuar nos Centros Abertos de Mídia (CAM), das cidades-sede, em contato direto com a mídia de diversas partes do mundo. O trabalho terá duração média de 30 dias. Em Belo Horizonte são duas vagas. Para essas vagas são procurados profissionais formados em comunicação social com especialização em jornalismo ou relações públicas, experiências anteriores e inglês fluente. Além da capital, há vagas em São Paulo, Recife, Salvador, Natal, Manaus, Porto Alegre, Fortaleza. Cuiabá e Curitiba. (CM)
Time completo no campo
Fora as vagas que ainda estão em aberto, muitas outras já foram preenchidas ao longo do ano. Entre os processos que chegaram ao fim está o comandado pela CSM Marketing Esportivo, que por intermédio da Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese) selecionou 1,2 mil temporários para trabalho, durante os jogos, dentro do Mineirão. As oportunidades foram oferecidas para maiores de 18 anos, que vão trabalhar no setor de alimentação do estádio, com diárias que variam de R$ 100 a R$ 150.
O Senac também encaminhou profissionais para centenas de vagas. De acordo com coordenadora do Banco de Oportunidades, Ana Roberta da Cruz, cerca de 400 profissionais foram aprovados para trabalhar como recepcionistas, cozinheiros, garçons e em outros cargos no estádio. Entre as principais dificuldades do processo, ela destacou o domínio de um segundo idioma. “O inglês foi um empecilho para quem estava contratando. Em alguns casos o número de bilíngues não foi atingido, principalmente na contratação de recepcionistas para o estádio, para aeroporto e hotéis ”, lembra. Como resultado, segundo a coordenadora, as empresas acabaram diminuindo as exigências e investimento em mais treinamento.
A dificuldade dessas empresas acontecem mesmo diante da busca por qualificação. De acordo com balanço do Ministério do Turismo, somente em Belo Horizonte o Pronatec Turismo matriculou 4.465 pessoas em cursos de idiomas, recepcionista de meios de hospedagem, garçom, auxiliar de cozinha, entre outros. Ao todo, Minas Gerais atingiu a marca de 7.153 matriculados. Entre os municípios que participaram do programa, Brumadinho, Congonhas, Diamantina, Mariana, Nova Lima, Ouro Preto, Sabará, São João Del Rei, Sete Lagoas e Tiradentes. (CM)