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Estado de Minas

Entrega das obras do terminal provisório de Confins será dividida em três etapas

Somente duas ocorrem antes da Copa. Área de embarque só deve ficar pronta no dia 20


postado em 30/05/2014 06:00 / atualizado em 30/05/2014 07:29

Atraso nas obras no puxadinho vai obrigar seleções a utilizar o aeroporto da Pampulha para pousos e decolagens pelo menos até 20 de junho (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Atraso nas obras no puxadinho vai obrigar seleções a utilizar o aeroporto da Pampulha para pousos e decolagens pelo menos até 20 de junho (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

A entrega do terminal provisório (puxadinho) do aeroporto de Confins será feita em três etapas, segundo o consórcio responsável pelas obras. Previsto inicialmente para ser entregue em março, a conclusão da reforma foi adiada para 31 de maio, mas as empresas já trabalham com novas datas, todas extrapolando o prazo limite. Pelo cronograma, o puxadinho só será finalizado no dia 20 do mês que vem, quando as delegações e autoridades estarão aptas a usar a nova estrutura para embarque.

Segundo o gerente comercial da Urbtopo, empresa integrante do consórcio contratado para executar as obras do terminal provisório, Henrique Abreu, a área externa do puxadinho está prevista para ser entregue pela Cowan no próximo dia 7. No dia seguinte, deve ser entregue a área de desembarque e o saguão. Por último, será entregue a área de embarque, no dia 20, quando Belo Horizonte já tiver sido sede de dois jogos da Copa do Mundo. Atualmente, o consórcio se dedica à limpeza, sinalização e instalação de sistema de câmeras, som e vídeo, além de outros arremates da obra do edifício.

Antes da entrega, o Corpo de Bombeiros, a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) e a Prefeitura de Confins terão de vistoriar as obras para liberá-las. Na semana passada, a agência reguladora já havia feito a primeira vistoria, tendo feito ressalvas ao projeto.

O atraso na entrega do terminal provisório restringiu as operações no aeroporto internacional . A unidade deve ampliar a capacidade em 3,9 milhões de passageiros por ano, mas, sem a conclusão, a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República não pôde considerar o aumento de capacidade no planejamento operacional. Com isso, o embarque e desembarque das delegações que vão jogar em Belo Horizonte durante a Copa do Mundo tiveram que ser transferidos para a base aérea da Pampulha.

Alternativa

A primeira seleção a viajar para Belo Horizonte será a chilena, que tem chegada prevista para o próximo dia 5. Com isso, eles devem descer na Pampulha. Uruguaios e argentinos, por sua vez, têm a chegada prevista para o dia 9, o que deve possibilitar a descida dos craques Luiz Suárez (Uruguai) e Lionel Messi (Argentina) em Confins. Os chilenos têm jogo na Arena Pantanal, em Cuiabá, no dia 13, o que obrigará a delegação a decolar da Pampulha, assim como uruguaios e argentinos farão para os jogos da primeira rodada no Castelão, em Fortaleza, e no Maracanã, no Rio de Janeiro. Isso porque as partidas estão previstas para os dias 14 e 15, respectivamente, e o setor de embarque do puxadinho, segundo a empresa, será liberado somente no dia 20.

Além disso, a expectativa era de que, já no evento esportivo, parte dos voos comerciais fossem transferidos para o puxadinho, com o embarque funcionado remotamente (por meio de ônibus). A Azul, inclusive, era a companhia aérea cotada para assumir o espaço, devido à experiência da empresa em outros aeroportos.

Por contrato, a obra do terminal provisório seria entregue em março, mas a empresa alega ter havido atraso no início da construção por dois motivos: a necessidade de os funcionários passarem por treinamento devido à proximidade com a torre de controle e as chuvas do fim do ano. Ao todo, o retardo foi de 63 dias. Pelo Portal da Transparência, 56% das obras foram concluídas até o último balanço.

Atrasos até no combate a incêndio

A falta de documentos pode retardar a implementação de ações previstas no Plano de Ações Imediatas (PAI) da concessão do aeroporto de Confins. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), dos 22 itens analisados, sete necessitam de papeis complementares que devem ser entregues pela concessionária em 20 dias, permitindo, assim, que a empresa possa executá-las.

Nem a revisão do sistema de combate a incêndio, nem dos sistemas de escadas rolantes, esteiras de bagagem e elevadores serão executados até a Copa do Mundo. Ambos estavam previstos para serem executados em até 30 dias depois da aprovação do plano, assim como outros cinco itens apresentados pela BH Airport aos jornalistas no dia da assinatura do contrato de concessão.

Em comunicado divulgado à imprensa anteontem, a BH Airpot informou que oito ações devem ser implementadas até a Copa do Mundo. A lista inclui, por exemplo, a revitalização e atualização da sinalização; ampliação dos pontos de energia na sala de embarque; troca do carpete da escada caracol; melhoria nos sanitários; instalação de câmeras na torre de segurança e limpeza e sinalização dos acessos viários.

A empresa diz que a entrega até a Copa do Mundo significa antecipação do prazo contratual, mas, na minuta do edital de concessão, consta que uma série de ações deveria ser implementada no máximo 30 dias depois da assinatura do contrato de concessão. Portanto, até 4 de maio. Ou seja, em vez de antecipar, a empresa estaria atrasada na execução dos 12 itens elencados como de curtíssimo prazo.

Até agosto, a concessionária deve executar outras ações, como a instalação de câmeras de segurança do estacionamento; internet wi-fi gratuita; ações para estancar vazamentos e infiltrações e melhoria das pinturas de paredes, pisos e forro. Até outubro, o atendimento será bilíngue; novas opções de alimentação serão disponibilizadas; revisão do sistema de primeiros-socorros e adoção do sistema de coleta seletiva, entre outros. (PRF)


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