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Estado de Minas

Secretário descarta falta de energia durante a Copa e racionamento até 2015

Apesar do otimismo, Márcio Zimmermann, do Ministério de Minas e Energia, enxergou a possibilidade de aumento na conta de luz


postado em 02/06/2014 16:08 / atualizado em 02/06/2014 18:05

O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse nesta segunda-feira que o governo não trabalha com a hipótese de racionamento de energia no país em 2015. Ele negou também possíveis problemas durante a Copa do Mundo. “Estamos trabalhando com um nível de risco que nos permite dizer isso [que não vai haver racionamento]”, afirmou.

Sobre as especulações de falta de energia durante a Copa do Mundo, que começa neste dia 12 e vai até 13 de julho, o secretário lembrou que o desempenho do setor melhorou nos últimos três meses e garantiu o abastecimento. “Em março, abril e maio, o sistema melhorou. Então, estamos com tranquilidade e não falamos neste mês [junho]. Falamos, na verdade, em final de 2015. Até lá, o suprimento está garantido para aquilo que o sistema foi planejado.”

As afirmações foram feitas durante o 4º Seminário Sobre Matriz e Segurança Energética Brasileira, promovido pelo Instituto Brasileiro de Economia para analisar o modelo energético brasileiro e as perspectivas e desafios do setor. Segundo o secretário, o fato de haver equilíbrio estrutural no país permite garantir que a demanda será atendida. “Vamos continuar acompanhando com atenção, mas isso nos dá a tranquilidade de que o sistema brasileiro vai atender à sociedade tanto neste ano quanto no ano que vem, dentro daquilo que foi planejado”, reforçou.

Questionado sobre a situação hidrológica desfavorável – nível de reservatórios baixos devido à escassez de chuvas -, Zimmermann explicou que o setor elétrico tem um sistema programado para trabalhar com um certo nível de riscos e que, quando existe equilíbrio e um bom número de usinas e linhas, há tranquilidade de aguentar, como está acontecendo neste momento. Ele destacou ainda que um acompanhamento feito mensalmente mostra uma boa reação do sistema às baixas vazões de janeiro e fevereiro.

Conta de luz pode ficar mais alta

Apesar do otimismo em relação ao futuro da energia no país, o secretário admitiu que a situação de seca implica, naturalmente, quando se trabalha em curto prazo, em preços mais altos para o consumidor. Zimmermann ponderou, porém, que os riscos estão diminuindo com as perspectivas de maior volume de chuvas até o fim do ano.

“A tendência é ter melhorado o desempenho a partir do momento em que se afasta daquele evento extremo que foi janeiro e fevereiro e o sistema vai entrando em normalidade. Vai-se aproximando da próxima estação chuvosa e, ao mesmo tempo, os patamares de vazões, que se tem dado, são bem melhores do que os que ocorreram em janeiro e fevereiro”, esclareceu.

Com informações da Agência Brasil


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