O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse nesta segunda-feira que o governo não trabalha com a hipótese de racionamento de energia no país em 2015. Ele negou também possíveis problemas durante a Copa do Mundo. “Estamos trabalhando com um nível de risco que nos permite dizer isso [que não vai haver racionamento]”, afirmou.
As afirmações foram feitas durante o 4º Seminário Sobre Matriz e Segurança Energética Brasileira, promovido pelo Instituto Brasileiro de Economia para analisar o modelo energético brasileiro e as perspectivas e desafios do setor. Segundo o secretário, o fato de haver equilíbrio estrutural no país permite garantir que a demanda será atendida. “Vamos continuar acompanhando com atenção, mas isso nos dá a tranquilidade de que o sistema brasileiro vai atender à sociedade tanto neste ano quanto no ano que vem, dentro daquilo que foi planejado”, reforçou.
Questionado sobre a situação hidrológica desfavorável – nível de reservatórios baixos devido à escassez de chuvas -, Zimmermann explicou que o setor elétrico tem um sistema programado para trabalhar com um certo nível de riscos e que, quando existe equilíbrio e um bom número de usinas e linhas, há tranquilidade de aguentar, como está acontecendo neste momento. Ele destacou ainda que um acompanhamento feito mensalmente mostra uma boa reação do sistema às baixas vazões de janeiro e fevereiro.
Conta de luz pode ficar mais alta
Apesar do otimismo em relação ao futuro da energia no país, o secretário admitiu que a situação de seca implica, naturalmente, quando se trabalha em curto prazo, em preços mais altos para o consumidor. Zimmermann ponderou, porém, que os riscos estão diminuindo com as perspectivas de maior volume de chuvas até o fim do ano.
“A tendência é ter melhorado o desempenho a partir do momento em que se afasta daquele evento extremo que foi janeiro e fevereiro e o sistema vai entrando em normalidade. Vai-se aproximando da próxima estação chuvosa e, ao mesmo tempo, os patamares de vazões, que se tem dado, são bem melhores do que os que ocorreram em janeiro e fevereiro”, esclareceu.
Com informações da Agência Brasil