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Estado de Minas

IPCA desacelera no mês, mas taxa em 12 meses segue alta

Queda nos preços dos alimentos e passagens aéreas puxou baixa do IPCA


postado em 07/06/2014 06:00 / atualizado em 07/06/2014 07:13

A desaceleração nos preços dos alimentos e a queda de passagens aéreas, combustíveis e tarifas de água e esgoto fizeram com que a inflação perdesse força em maio. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,46%, menos do que a taxa de 0,67% registrada em abril, segundo informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado provocou a queda dos juros no mercado futuro, reforçando a percepção de que a taxa básica (Selic) permanecerá em 11% até o fim do ano. Mas a taxa em 12 meses continuou se aproximando do teto da meta perseguida pelo governo, de 6,5%, e chegou a 6,37% no mês passado. É o maior nível desde junho de 2013 (6,7%).

Economistas já falam em inflação acima do teto da meta em junho, repetindo o que ocorreu no ano passado. “Estamos com inflação persistentemente acima de 6% e, por onde quer que você olhe, não há válvula de escape”, disse o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale. Para ele, a inflação seguirá em patamar próximo a 6,5% até o fim do ano, com “riscos concretos” de fechar 2014 acima do teto da meta.

No sentido contrário da desaceleração mensal, as tarifas de energia elétrica avançaram 3,71% no mês passado, a maior alta desde maio de 2003, quando subiram 6,45%. Segundo o IBGE, o índice captou reajustes em seis regiões metropolitanas e aumento de impostos em três locais pesquisados. O item deu a maior contribuição positiva ao IPCA (0,10 ponto porcentual). “Foram altas relativamente fortes. Algumas distribuidoras também tiveram aumentos pesados nos impostos”, observou a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.

Na conta dos jogos A Copa do Mundo, por sua vez, foi apontada como o impulso dos preços de alimentos fora do domicílio e de eletrodomésticos. Os televisores tiveram queda, devido às promoções. Já nos alimentos consumidos em casa, o alívio foi espalhado, numa mostra de que boa parte do efeito da estiagem do início do ano ficou para trás. Itens importantes na mesa dos brasileiros subiram menos, ou até tiveram queda, como foi o caso da farinha de mandioca, da batata-inglesa e das hortaliças. O tomate, por sua vez, voltou a acelerar e subiu 10,52%.

No geral, o grupo Alimentação e Bebidas avançou 0,58% em maio, metade da alta de um mês antes. “Provavelmente isso também está atrelado ao consumo mais reduzido, depois que os preços subiram tanto”, explicou Eulina. Os transportes também deram contribuição importante para que a inflação arrefecesse em maio. O destaque foi a queda de 21,11% nas passagens aéreas, que tirou 0,11 ponto porcentual da inflação e arrefeceu a alta de serviços para 0,30%.


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