Petróleo fecha estável em Nova York, a 104,40 dólares o barril

As cotações do petróleo fecharam em ligeira alta nesta quarta-feira, após anúncio de uma queda maior do que a prevista das reservas de petróleo bruto nos EUA e com a preocupação dos investidores com a situação no Iraque. O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em julho teve alta de 5 centavos no New York Mercantile Exchange (Nymex), a 104,40 dólares.

Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega no mesmo período fechou em 109,95 dólares no Intercontinental Exchange (ICE), com alta de 43 centavos em comparação ao fechamento de terça-feira. "É um pouco surpreendente que as cotações não tenham sido mais elevadas e que o mercado tenha se mantido calmo, já que vários elementos são favoráveis a uma alta mais acentuada", destacou Michael Lynch, da Strategic Energy and Economic Research.

Em primeiro lugar, as reservas de petróleo nos EUA registraram uma queda um pouco maior do que a esperada na semana passada, segundo cifras do Departamento de Energia (DoE) divulgadas nesta quarta-feira. As reservas de petróleo bruto baixaram para 2,6 milhões de barris (mb), a 386,9 mb na semana que terminou em 6 de junho.

Os analistas consultados pela agência Dow Jones Newswires esperavam uma redução de 1,7 mb. Esta queda suporta, no entanto, uma maior demanda por petróleo bruto. As reservas de petróleo destilado subiram menos do que previsto, 900 mil barris, enquanto as reservas de gasolina cresceram mais do que o esperado, 1,7 milhão de barris.

No contexto geopolítico, a violência no Iraque é fonte de preocupação. Os rebeldes jihadistas tomaram nesta quarta-feira outra cidade no Iraque e avançam para Bagdá. Este avanço dos islamistas do EIIL ante forças iraquianas em fuga e um governo xiita impotente acentua o caos no país, importante fonte de petróleo.

"O transporte de petróleo nas regiões afetadas pode ser prejudicado", destacou Michael Lynch. Mas "o inquietante é sobretudo a potencial instabilidade política após esta situação", acrescentou. Os investidores receberam sem surpresas a decisão da Opep de manter seu nível de produção em 30 milhões de barris diários.