As vendas de veículos e motos, partes e peças cresceram 5,4% em abril ante março, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira, 12. O resultado salvou o volume vendido pelo varejo ampliado no período, que teve expansão de 0,6%.
"Esse crescimento expressivo da atividade de veículos pode ser atribuído à retomada da demanda por crédito para aquisição de veículos", justificou Nilo Lopes, técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.
Lopes lembrou que o relatório do Banco Central apontou crescimento na procura por crédito pessoal e para aquisição de automóveis em abril. No entanto, em relação a abril do ano passado, a taxa de crescimento do crédito está bem menor, o que ajuda a explicar o recuo nas vendas da atividade nessa comparação.
O segmento de veículos e motos, partes e peças registrou queda de 9,8% no volume vendido em abril ante abril de 2013, após já ter recuado 15,9% em março. Houve também influência da retirada de incentivos fiscais, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e esgotamento da demanda.
"Quanto se vendeu de veículos? Houve certo esgotamento. Não se pode vender tanto veículo quanto se vendeu naquele período, que foi até bastante amplo", afirmou Lopes. "A renda disponível dos trabalhadores não está tão disponível assim. Há comprometimento com prestações. Dizem que o que está acontecendo hoje é que as famílias estão dando preferência para compra de imóveis para fugir do aluguel do que para compra de veículos e eletrodomésticos", completou. Como resultado, as vendas do varejo ampliado ficaram estagnadas (0,0%) em abril ante abril.