O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo não está, nesse momento, considerando a extensão do fim do come cotas para toda a indústria de fundos e que a medida está limitada agora aos fundos de índices (ETFs, na sigla em inglês) de renda fixa.
"Nesse momento, queremos estimular esse instrumento, pouco desenvolvido e que vai ajudar a estimular o mercado de longo prazo de renda fixa", disse Mantega, em entrevista para jornalistas concedida depois do lançamento nesta segunda-feira, de estímulos para a entrada de pequenas e médias empresas na bolsa.
A indicação de que o come cotas seria eliminado somente para ETFs causa descontentamento na indústria de fundos. Em entrevista na semana passada ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, a presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Denise Pavarina, disse que o fim do come cotas é positivo, mas que o lançamento de um ETF sem o come cotas cria uma assimetria com o restante do mercado. Segundo Mantega, a retirada para toda a indústria geraria redução de arrecadação importante.