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Estado de Minas

Após sétimo mês de baixa, indústria deve ganhar pacote de ajuda

Com tendência de queda em maio, fábricas completam sete meses em baixa. Governo deve anunciar medidas para o setor


postado em 18/06/2014 06:00 / atualizado em 18/06/2014 07:29

Brasília – Com estoques acima do planejado, a produção industrial manteve a tendência de queda, em maio, segundo pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice de evolução da produção registrou 48,4 pontos no mês passado e ficou, pelo sétimo mês consecutivo, abaixo dos 50 pontos, em uma escala de um a 100. A CNI considera que, acima de 50 pontos, há alta na produção, e abaixo, queda.

O cenário é considerado de “grande dificuldade” para o setor, informou a CNI, e se agravou porque, com queda de produção e estoques altos, há tendência de redução no emprego. Com isso, o índice de evolução do número de funcionários recuou de 47,8 para 46,8 pontos. O indicador está abaixo dos 50 pontos em todos os portes de empresas, informou a CNI. No caso das pequenas, está em 46,4 pontos; nas médias, 45,8 pontos; e, nas grandes, 47,5 pontos, “mostrando uma disseminação da queda do número de empregados pela indústria”.

Mas a crise não se concentra no segmento industrial. O setor de serviços também vive um período difícil. Em abril, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o crescimento nominal de 6,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, foi o menor desde março de 2013, quando o avanço havia sido de 6,1%. A receita dos serviços, no ano, acumula alta de 8%, também a menor desde março do ano passado.

Não à toa, que o governo, preocupado com a aproximação dos empresários com a oposição, deve anunciar hoje um pacote de medidas para favorecer a indústria. A presidente Dilma Rousseff vai se reunir com os representantes do segmento, no Palácio do Planalto. Devem entrar no pacote decisões de ordem tributária, regulatória e também mudanças na tomada de crédito.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que não poderia adiantar o que vai ser anunciado hoje. “As medidas ainda estão em estudo”, disse a jornalistas. Dentre os pedidos dos empresários que devem receber o sinal da verde da presidente estão o prazo maior para pagamento de tributos e a transformação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) em um benefício permanente.

Reaproximação

O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, foi um dos empresários convidados para o encontro, mas não poderá comparecer, pois tem outro compromisso. De qualquer forma, ele considera muito positiva a reaproximação de Dilma com o empresários.

A reunião de hoje será uma seqüência da realizada em 22 de maio, em que a CNI apresentou uma lista de pedidos ao governo no Fórum Nacional da Indústria. Ao todo, 36 empresários participaram do encontro. Apesar de ver como positiva a possibilidade de concessão do governo aos pedidos feitos, Castro não se empolga. “Quaisquer que sejam as bondades, elas serão bem vindas. Qualquer medida que venha ser anunciada agora, no entanto, só terá efeito para o comércio exterior em 2015”, completou.


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