A segunda partida do Brasil na Copa do Mundo de 2014 provocou nova oscilação no ritmo de produção e consumo de energia no País, sem que houvesse prejuízo ao abastecimento. A carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN), ou seja, a geração de energia de todas as usinas despachadas ou programadas pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), caiu de patamar de 65.000 MW no início da tarde para pouco mais de 50.000 MW durante o primeiro tempo do jogo entre Brasil e México.
De acordo com informações do ONS, em três horas a queda foi de 10.500 MW. Já durante os 30 minutos que antecederam o início do jogo houve queda adicional de 5.200 MW. "Nos momentos que antecederam o jogo, a carga encontrava-se cerca de 14.000 MW abaixo da curva de um dia típico (terça-feira), atingindo valores próximos ao da carga leve", destaca boletim elaborado pelo ONS. Em função do jogo, muitas indústrias e empresas das áreas de serviço e comércio interromperam as atividades ou encerraram o expediente mais cedo.
No decorrer do primeiro jogo, a carga voltou a cair outros 3.100 MW, situação revertida apenas durante o intervalo da partida, momento no qual os torcedores aumentam a demanda de energia em ações como abrir a geladeira, tomar banho e fazer outras atividades que dependem de eletricidade. Em dez minutos, houve crescimento de carga de 3.700 MW, de acordo com o ONS.
Iniciado o segundo tempo, houve redução de 3.200 MW de carga em um período de apenas 20 minutos. Em seguida, a carga apresentou uma elevação de 2.380 MW em 22 minutos, "correspondente à rampa natural da ponta de carga em função do início do período noturno", aponta o operador.
Com o fim da partida, a rampa de carga apresentou elevação de 7.500 MW em 10 minutos e de 11.000 MW em 25 minutos, chegando ao início da noite com carga novamente na casa de 65.000 MW.