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Estado de Minas

Mercado Central comemora vendas 60% maiores na primeira semana de Copa em BH

Comidas típicas do estado são as campeãs de vendas. Colombianos são apontados pelos lojistas como principais compradores durante o Mundial


postado em 19/06/2014 06:00 / atualizado em 19/06/2014 07:45

Nunca se ouviram tantos sotaques diferentes no Mercado Central de Belo Horizonte. Desde o início da Copa, dizem os comerciantes, o movimento aumentou e, embora acostumados a receber turistas, nunca viram tamanha quantidade de visitantes, a maior parte deles estrangeiros. A consequência é o incremento nas vendas. De acordo com o superintendente do centro de compras, Luiz Carlos Braga, bares, restaurantes e lanchonetes estão vendendo 60% a mais que o habitual. Pão de queijo, broa e café foram alguns dos itens mais consumidos. Nos outros setores, a expectativa é de melhora até o fim do Mundial. Colombianos são apontados pelos lojistas como campeões em compras.


Quem se preparou para receber o público do futebol comemora, como o Bar da Lôra, responsável pelo espaço com dois telões para turistas e moradores de BH assistirem aos jogos. Karina Fonseca, que trabalha no local, conta do sucesso da comida típica mineira. “O tropeiro é o mais pedido pelos estrangeiros, que gostam também de linguiça com mandioca. Os brasileiros preferem refeição”, diz. Jorge Murta, do Restaurante Jorge Americano, que investiu num cardápio bilíngue, e também está satisfeito com a boa saída da feijoada e do frango ao molho pardo. “O pessoal está elogiando o atendimento e a gastronomia do estado.”
No Bar da Tia, Giovanni Silva notou aumento de 30% no número de clientes, a maioria deles colombianos. Fígado com jiló e cebola, contrafilé e pernil foram os tira-gostos mais pedidos. Mas há também quem não tenha sentido os efeitos da febre de turistas. José de Freitas, do Bar Zé da Onça, esperava mais. “Tem muito turista, mas as vendas não melhoraram tanto”, afirma. Funcionária do Botequim do Antônio, Valdelicia de Jesus diz que nada mudou. “Além de não ter melhorado, a Copa está espantando os clientes fiéis, que pensam que o Mercado está cheio demais e não querem vir.”


Os amigos Justin Montanti, de 26 anos, e Alex Shimada, de 25, da Califórnia (Estados Unidos), chegaram há quatro dias na capital e adotaram o Mercado Central como um dos lugares preferidos. O café da manhã, com um saboroso açaí, é lá. Cachaças e chinelos havaianas já estão nas malas. Fim da tarde, tira-gosto no bar, enquanto a bola rola pela televisão. “É difícil achar um mercado como esse, aberto todos os dias”, afirma Justin. “Encontramos tudo o que queremos e com preços razoáveis”, acrescenta Alex.


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