São Paulo, 24 - O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eudardo Sanovicz, disse nesta segunda-feira, 24, que o principal problema enfrentado no setor aéreo durante a Copa até agora tem sido o clima. "Nosso principal adversário tem sido São Pedro", disse a jornalistas.
Ainda assim, o executivo afirmou que os impactos dos eventos adversos de clima foram pequenos, afetando Santos Dumont, no Rio de Janeiro, Afonso Pena, em Curitiba, e Salgado Filho, em Porto Alegre, que ficaram fechados por algumas horas. "Nas não houve muito impacto porque não tinha jogos nas cidades". O maior problema foi registrado no Rio de Janeiro, quando o fechamento afetou torcedores russos que tinham viagem marcada para assistir ao jogo de seu país em outra cidade.
Sanovicz salientou que até o momento "está tudo rodando bem". "Todas as medidas adotadas - de mobilização das companhias aéreas e de gerenciamento integrado - tem sido eficazes", disse.
A entidade comentou que durante a Copa até agora, a média de passageiros transportados para as cidades-sede da competição é de 470 mil/dia, conforme dados da Infraero. O pico foi registrado no dia 16 de junho, quando foram transportados 501 mil passageiros. Somente na primeira semana do mundial, foram transportados 3,7 milhões de passageiros. Não foram divulgados dados comparativos.
A taxa de ocupação média nos voos de Copa é de 80%, em linha com o verificado recentemente no mercado doméstico.
O executivo disse que a entidade apenas fará uma avaliação mais aprofundada sobre a Copa após o encerramento da competição, mas reiterou que a expectativa é que o setor registre queda entre 11% e 15% durante a competição. A projeção é baseada no desempenho verificado em outros países que sediaram a Copa nas últimas duas edições, e nas Olimpíadas de 2012.