A confiança dos comerciantes fechou o primeiro semestre na mínima histórica. O Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec) recuou 2,3% em junho ante maio, para 109,6 pontos, influenciado pela percepção em relação às condições econômicas atuais. Em relação a junho do ano passado, o recuo foi de 12,0%, o maior já registrado na pesquisa neste tipo de comparação, informou nesta quinta-feira, 26, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Dos nove itens pesquisados pelo Icec, seis atingiram o menor nível desde o início da apuração do índice, em 2011. Houve retração nas avaliações das condições correntes (-3,3%) e, em especial, no item que mede as percepções em relação às condições econômicas atuais (-6,8%). Segundo a pesquisa, 70,2% dos empresários avaliam que as condições econômicas atuais pioraram nos últimos doze meses.
Também influenciaram o resultado as quedas nos subíndices relativos às expectativas (-2,9%) e às intenções de investimentos (-0,7%). No caso dos investimentos, apenas o cenário relativo a estoques melhorou um pouco. No entanto, o aumento dos custos do crédito e o encarecimento da força de trabalho desmobilizam inversões significativas em capacidade e em mão de obra, observa o estudo.
"O resultado de junho foi influenciado pelas condições correntes menos favoráveis e pelo menor otimismo quanto ao desempenho do setor para os próximos meses. A materialização de investimentos deverá se dar em ritmo moderado a médio prazo", avalia a CNC, em nota.
Com a atividade relativamente mais fraca no setor, Sul e Sudeste seguem apresentando os níveis de confiança mais baixos na comparação com as demais regiões.