O ministro da Fazenda, Guida Mantega, anunciou nessa segunda-feira a prorrogação das alíquotas reduzidas no Imposto sobre Produto Industrializados (IPI) para a indústria automotiva. O imposto voltaria à alíquota normal nesta terça-feira. O anúncio foi feito em reunião com representantes da Anfavea e da Fenabrave, associações que representam as montadoras, depois da constatação de que o setor teve vendas mais fracas no primeiro semestre. A renúncia fiscal do governo será de R$ 800 milhões só no segundo semestre, calculou o ministro.
Para veículos de até 1000 cilindradas, a alíquota do imposto foi mantida em 3%. Os veículos flex acima de 1000 cilindradas e até 2000 cilindradas continuam tributados em 9%. Já nos carros a gasolina com as mesmas 1000 ou 2000 cilindradas, o IPI será mantido em 10%. De acordo com o ministro, as medidas foram tomadas para “estimular as vendas do setor e para que a indústria consiga manter o nível de emprego”.
A decisão do governo federal deve equilibrar o setor neste ano. “Não aumentar não muda o que não está bom. Fica como está. Se aumentasse, iria piorar”, afirma o presidente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos de Minas Gerais (Sincovid-MG), Mauro Pinto de Moraes. De janeiro a maio, a venda de automóveis e comerciais leves recuou 4,05% em relação ao mesmo período do ano passado em Minas. No Brasil, a queda é de 5,5%.
O presidente do sindicato avalia que diferente de períodos anteriores em que a incerteza sobre os rumos do IPI causava euforia no setor, com corrida às concessionárias para aproveitar o custo mais baixo, desta vez não houve a mesma procura. “É difícil inverter o atual panorama”, afirma Moraes, ressaltando ser necessária alguma medida muito drástica para alterar o rumo das vendas.
O gerente comercial da Carbel, André Corrêa, afirma que à época que o governo zerou a alíquota do IPI de automóveis 1.0 as vendas foram impulsionadas, o que ajudou a segurar o setor em plena crise econômica mundial. Neste ano, com a maior restrição de crédito e a alíquota em 3%, as vendas mensais da concessionária estão pela metade em comparação com 2009, primeiros 12 meses de vigência da medida. Naquele ano, aproximadamente 600 carros eram vendidos por mês ante 300 no primeiro semestre.
Copa A Copa do Mundo contribuiu para afetar o ritmo de vendas. As revendas funcionaram com horário reduzido em dias de jogos da Seleção Brasileira e também nos confrontos disputados no Mineirão. “Com a Copa, perdemos muitas vendas”, diz Corrêa. Segundo ele, nem a promoção feita pela concessionária, com emplacamento e GPS grátis, colaboraram para melhorar a situação. “A fábrica reduziu a meta mensal de vendas, que estava alta. Mas nem assim devemos alcançá-la”, diz ele.
Na avaliação do gerente comercial de veículos novos da Forlan, Rodrigo Vasconcelos, uma decisão contrária poderia interferir até mesmo nas eleições presidenciais. Ele considera que a manutenção da alíquota tem peso político. Vasconcelos diz que antes de o martelo ser batido já havia indicações do governo federal de manutenção da alíquota. “Ninguém estava fazendo propaganda para atrair clientes para aproveitar o IPI baixo”, afirma. “Alguma montadora falou em demissão em massa? Não. Por quê? Já estava combinado”, conclui.
Para veículos de até 1000 cilindradas, a alíquota do imposto foi mantida em 3%. Os veículos flex acima de 1000 cilindradas e até 2000 cilindradas continuam tributados em 9%. Já nos carros a gasolina com as mesmas 1000 ou 2000 cilindradas, o IPI será mantido em 10%. De acordo com o ministro, as medidas foram tomadas para “estimular as vendas do setor e para que a indústria consiga manter o nível de emprego”.
A decisão do governo federal deve equilibrar o setor neste ano. “Não aumentar não muda o que não está bom. Fica como está. Se aumentasse, iria piorar”, afirma o presidente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos de Minas Gerais (Sincovid-MG), Mauro Pinto de Moraes. De janeiro a maio, a venda de automóveis e comerciais leves recuou 4,05% em relação ao mesmo período do ano passado em Minas. No Brasil, a queda é de 5,5%.
O presidente do sindicato avalia que diferente de períodos anteriores em que a incerteza sobre os rumos do IPI causava euforia no setor, com corrida às concessionárias para aproveitar o custo mais baixo, desta vez não houve a mesma procura. “É difícil inverter o atual panorama”, afirma Moraes, ressaltando ser necessária alguma medida muito drástica para alterar o rumo das vendas.
O gerente comercial da Carbel, André Corrêa, afirma que à época que o governo zerou a alíquota do IPI de automóveis 1.0 as vendas foram impulsionadas, o que ajudou a segurar o setor em plena crise econômica mundial. Neste ano, com a maior restrição de crédito e a alíquota em 3%, as vendas mensais da concessionária estão pela metade em comparação com 2009, primeiros 12 meses de vigência da medida. Naquele ano, aproximadamente 600 carros eram vendidos por mês ante 300 no primeiro semestre.
Copa A Copa do Mundo contribuiu para afetar o ritmo de vendas. As revendas funcionaram com horário reduzido em dias de jogos da Seleção Brasileira e também nos confrontos disputados no Mineirão. “Com a Copa, perdemos muitas vendas”, diz Corrêa. Segundo ele, nem a promoção feita pela concessionária, com emplacamento e GPS grátis, colaboraram para melhorar a situação. “A fábrica reduziu a meta mensal de vendas, que estava alta. Mas nem assim devemos alcançá-la”, diz ele.
Na avaliação do gerente comercial de veículos novos da Forlan, Rodrigo Vasconcelos, uma decisão contrária poderia interferir até mesmo nas eleições presidenciais. Ele considera que a manutenção da alíquota tem peso político. Vasconcelos diz que antes de o martelo ser batido já havia indicações do governo federal de manutenção da alíquota. “Ninguém estava fazendo propaganda para atrair clientes para aproveitar o IPI baixo”, afirma. “Alguma montadora falou em demissão em massa? Não. Por quê? Já estava combinado”, conclui.