Depois de ter caído de 7,5% para 7,2% de abril para maio deste ano, o Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores voltou a subir em junho, chegando a 7,4%, consolidando-se em patamar elevado em termos históricos. Observado em médias móveis trimestrais, o Indicador de Expectativas Inflacionárias divulgado hoje (3), pela Fundação Getulio Vargas (FGV), manteve a tendência de aumento gradual da inflação prevista, segundo o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre).
Na avaliação do economista Angelo Polydoro, do Ibre/FGV, “o aumento em junho reverte a queda observada no mês anterior e aproxima a leitura atual do maior valor já observado na série do indicador, que foi exatamente os 7,5% do mês de abril”. Segundo o economista, a tendência é que haja "manutenção das expectativas de inflação em níveis elevados acompanhando o índice acumulado do IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Ampliado] em 12 meses.”
A previsão da distribuição dos valores citados pelos consumidores para os 12 meses seguintes, em síntese, acusa diminuição das taxas relativamente menores, como 5% ou 6%, e um consequente aumento das de valores maiores como 7%, 10%, 12% ou até mesmo acima de 12%.