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Estado de Minas

Produtos brasileiros fazem sucesso entre os gringos no Mineirão

Durante as partidas da Seleção Brasileira, empresários do estado apresentaram seus produtos, que fizeram sucesso


postado em 09/07/2014 06:00 / atualizado em 09/07/2014 08:03

Magdi Shaat, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Mangalarga Marchador, pretende exportar 50 embriões para dos EUA(foto: Emmanuel Pinheiro/EM/D.A Press )
Magdi Shaat, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Mangalarga Marchador, pretende exportar 50 embriões para dos EUA (foto: Emmanuel Pinheiro/EM/D.A Press )

Empresários mineiros aproveitam a vinda de executivos e representantes de organizações internacionais para a Copa do Mundo para fomentar as exportações de diferentes setores, que vão desde a comercialização de quibes para o Oriente Médio, onde a iguaria surgiu, até vendas de embriões de cavalos congelados para os Estados Unidos, terra dos tradicionais mustangues. Os negócios, claro, ainda favorecem produtos típicos do estado, como os tradicionais pão de queijos. Antes dos jogos do Brasil no Mineirão, representantes de empresas e entidades de mais de 30 países visitaram fábricas, escritórios e fazendas mineiras.

O valor total dos negócios fechados no estado ainda não foi contabilizado pelas empresas, mas supera a casa dos milhões de dólares. Isso porque os encontros fazem parte do Projeto Copa do Mundo, cuja cifra prevista para as cinco praças onde o programa foi implantado é de US$ 6 bilhões. O projeto, promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), aproximou cerca de 700 empresários brasileiros e 2,3 mil executivos e representantes de organizações internacionais.

“O projeto está superando as expectativas e o volume de negócios deve ultrapassar os US$ 6 bilhões (em todas as praças)”, calcula o presidente da entidade, Maurício Borges, mineiro de Patos de Minas, no Alto Paranaíba. No jogo entre Brasil e Chile, pelas oitavas de final da Copa, por exemplo, ele recepcionou empresários num espaço batizado de hospitality, montado na área externa do Mineirão. Outros quatro ambientes semelhantes foram feitos nas arenas de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza.

Uma das funções do hospitality é aproximar empresários que atuam no mesmo ramo em conversas descontraídas. O ambiente também é propício para a troca de contatos que pode resultar em futuras rodadas de negócio. Quem esteve lá foi Magdi Shaat, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Mangalarga Marchador.

Ele foi acompanhado de dois estrangeiros: o americano David Cordovario, da PBR, e o chanceler de San Marino no Brasil, Marin Antonio Turnaturi. Os encontros, segundo o mineiro, foram bastante satisfatórios: “Devemos fechar um acordo, em julho, para exportar 50 embriões para os Estados Unidos. O negócio deverá gerar um valor de R$ 600 mil a
R$ 700 mil”, disse Magdi. Os Estados Unidos, aliás, são o país com o maior número de visitantes no programa: 12% dos convidados.

TECNOLOGIA O chanceler de San Marino, que acompanhou a dupla, avalia a possibilidade de o território servir como um centro de excelência para expandir o número de exemplares da raça mangalarga na Europa. Dezenas de outros estrangeiros estiveram no local, como o francês Carlos Cunha, diretor-geral da CAP Digital. Radicado desde 2008 no Rio de Janeiro, ele participou de três reuniões com empresários da capital mineira na última semana.

“Procuro parceiros tecnológicos para organizações da França. No fim de outubro, retorno a BH com 10 empresas francesas. Faremos um encontro com o tema “big data”. Será uma rodada de negócios e encontros com representantes da administração pública. Vamos programar, ainda, para uma delegação mineira ir a Paris para encontros na área de tecnologia da informação”, planeja o europeu.

Fábricas de pão de queijo estavam no roteiro das missões empresariais (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Fábricas de pão de queijo estavam no roteiro das missões empresariais (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
De olho no apetite dos estrangeiros

O setor de alimentação também já lucra com a Copa. A Maricota, fundada no início da década de 1990 no município de Luz, no Centro-Oeste mineiro, a 200 quilômetros da capital, embarcará o primeiro lote de quibes para Dubai, no Oriente Médio, ainda este mês. “Nosso foco são hotéis cinco estrelas e casas de carne, como churrascarias”, informa Ivan Morais, representante da empresa no Oriente Médio. No mês passado, um grupo de compradores de lá visitou a fábrica.

A empresa de Luz também aumentará o envio de pão de queijo para Dubai, mercado no qual a Maricota chegou com a iguaria tradicional mineira em 2013. O pão de queijo, porém, terá um sabor diferenciado do negociado no Brasil. “Será apimentado. Esperamos comercializar, no mínimo, o dobro do negociado (em Dubai) em 2013”, completou Ivan.

Uma delegação dos Estados Unidos e outra do Chile também estiveram em Minas, para visitar uma fábrica de pão de queijo no estado. Trata-se da Forno de Minas, líder nacional na comercialização da iguaria, com fábrica em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e cujas exportações de 2012 para 2013 subiram 38%.

“Para os Estados Unidos, vamos embarcar o primeiro lote para a Costa Oeste. A empresa (que nos importa o alimento) está naquela região. A expectativa de vendas também é ótima para o Chile”, disse Helder Mendonça, executivo da Forno de Minas, que também fechou, este ano, contrato com uma empresa dos Emirados Árabes. A fabricante já envia produtos para o Canadá, Portugal, Inglaterra e Uruguai e, até 2016, planeja exportar o correspondente a 25% de sua produção. (PHL)


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