A inflação percebida pelos idosos encerrou o segundo trimestre de 2014 com alta de 1,7%, abaixo da taxa de 2,30% apurada no primeiro trimestre deste ano. É o que mostrou o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i) anunciado nesta segunda-feira, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Em 12 meses, contudo, o IPC-3i acelerou a 6,42%.
O resultado do IPC-3i no segundo trimestre ficou acima, no mesmo período, do Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-Br), que mede a inflação em todas as faixas etárias. O IPC-BR subiu 1,64% entre abril e junho. Em 12 meses, porém, a inflação da terceira idade ficou abaixo a da média dos consumidores, que avançou 6,55%.
A principal contribuição para a desaceleração do IPC-3i no segundo trimestre partiu do grupo Alimentação, cuja taxa passou de 4,31% para 1,31%, com destaque para hortaliças e legumes (30,42% para -7,70%).
Contribuíram também os grupos Educação, Leitura e Recreação (3,69% para 0,11%), diante das passagens aéreas 22,58% mais baratas; Transportes (1,59% para 0,76%), influenciados por automóvel novo (2,34% para 0,84%); e Despesas Diversas (3,60% para 2,46%), diante do comportamento de cigarros (8,05% para -0,05%).
No sentido contrário, o grupo Habitação acelerou de 2,13% para 2,16%, coma alta de 4,02% na tarifa de eletricidade residencial. Em Saúde e Cuidados Pessoais (1,37% para 2,73%), o impulso veio do reajuste de medicamentos, que avançaram 3,65%. Os planos e seguros de saúde, por sua vez, tiveram elevação de 2,14%. Também ganhou força o grupo Vestuário (0,71% para 1,92%), com a alta de 2,07% das roupas.
O grupo Comunicação repetiu a taxa registrada no primeiro trimestre, de 0,19%. As principais influências foram tarifa de telefonia residencial (-0,51% para -0,10%) e pacotes de telefonia fixa e internet (1,52% para 0,54%).
O IPC-3i representa o cenário de preços sentido em famílias com pelo menos 50% dos indivíduos de 60 anos ou mais de idade e renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos.