O setor supermercadista de Minas Gerais pretende fechar este ano com a criação de mais 10 mil vagas de trabalho. São R$ 340 milhões de investimentos em 85 novas lojas espalhadas por todo o Estado. A dificuldade, porém, tem sido achar funcionários e quando isso acontece surge outro problema: fazer com que permaneçam por muito tempo no trabalho.
A situação do setor foi objeto de encontro realizado na semana passada em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e que discutiu saídas para reverter esse quadro. Segundo a Associação Mineira de Supermercados (Amis), este ano o faturamento na área deve ficar em R$ 27,9 bilhões, 3,71% a mais do que no ano passado. Somente em Uberlândia, local do encontro que reuniu 1.800 executivos e empresários do setor, são 600 novas oportunidades de emprego para as mais variadas funções.
O problema é que quase todas as vagas exigem o trabalho aos finais de semana e feriados, situação que não agrada muita gente que está atrás de uma colocação no mercado. De acordo com os estabelecimentos, muitos começam a trabalhar, mas vão perdendo o rendimento assim que passam a ter direito ao seguro-desemprego, deixando por fim a função.
Segundo Alexandre Poni, presidente da Associação de Supermercados, para mudar isso as empresas têm investido muito, principalmente, na qualificação profissional dos trabalhadores, com plano de carreira e parcerias que garantam benefícios.
Em alta
No primeiro quadrimestre deste ano o faturamento do setor supermercadista de Minas Gerais cresceu 2,82%, se comparado ao mesmo período de 2013. Os números são do "Termômetro de Vendas", pesquisa que ouve empresas de todas as regiões do estado. A previsão é de que o setor termine o ano com 6.970 lojas e empregando 166 mil pessoas.