O uso da tecnologia do big data, termo usado para a análise de grandes quantidades de dados, na detecção de fraudes e corrupção, é aprovado pela maior parte dos representantes de empresas no Brasil. No entanto, ainda é pequena a parcela das companhias que utilizam de fato esse tipo de recurso.
A conclusão é de um relatório da empresa de auditoria Ernst & Young realizado com executivos de empresas em 11 países.
O levantamento mostrou que 75% dos entrevistados no Brasil acreditam que ferramentas de big data são importantes na prevenção e detecção de fraudes. Entre os motivos, está o fato de que esse tipo de tecnologia permite varrer uma grande quantidade de dados em um curto espaço de tempo.
Porém, o caminho entre teoria e prática ainda é longo. Apenas 5% das empresas sondadas faz uso de recursos de big data, como o FDA (sigla em inglês para “análise legista de dados”), que examina bancos de informações em busca de pistas de crimes financeiros.
De acordo com a pesquisa da Ernst & Young, o maior desafio para 28% dos representantes brasileiros é o acesso a ferramentas e conhecimento mais adequados na área de FDA.
O estudo apurou que para 13% dos entrevistados brasileiros as despesas em tecnologias de big data devem aumentar expressivamente nos próximos três anos, enquanto que 48% disseram que o investimento aumentará pouco.