A Argentina não indica que encontrará uma saída rápida para seu estado de calote, e isso poderá agravar a já delicada situação do país. A avaliação é do banco Goldman Sachs, que em relatório enviado a clientes afirma que não há indicações no discurso das autoridades argentinas de que o governo vai tentar encontrar uma regularização imediata para sua dívida, nem sequer demonstra preocupação quanto a isso.
Para o banco, a continuidade dessa condição “pode transformar esse relativamente leve, seletivo ou restrito default em algo mais grave”.
O Goldman Sachs lembra que duas grandes agências classificadoras de risco - a Standard & Poor’s e a Fitch - já rebaixaram o rating da Argentina. A classificação “default seletivo” ou “default restrito”, utilizada pelas agências, foi desqualificada pela presidente Cristina Kirchner e pelo ministro das Finanças, Axel Kicillof. Eles afirmaram publicamente que o termo default não se aplica ao caso da Argentina porque o país depositou o pagamento da dívida junto ao agente fiduciário e continuará agindo dessa forma.
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