O abalo nas exportações com destino à Argentina é ainda maior para a indústria mineira, considerado-se que, com a retenção dos produtos no ingresso ao país vizinho, o setor tem direcionado praticamente toda a produção para o mercado brasileiro, o que acirra a concorrência entre as empresas brasileiras num momento de consumo desaquecido. Proprietário da empresa Cromic, o vice-presidente do Sindinova, Júnior César Silva, diz que, no ano passado, a empresa fez duas remessas para a Argentina, totalizando 8 mil pares de sapatos, enquanto neste ano ainda não houve contato.
O fato de o país ter entrado em default (calote), segundo o professor de economia e finanças da Fundação Dom Cabral Rodrigo Zeidan, significa demora ainda maior para que o país saía da crise. “O maior problema é a dificuldade para acessar o mercado de capitais. Com o default, fica ainda complicado”, afirma. (PRF)