O último passo rumo à efetiva recondução de Romeu Donizete Rufino ao cargo de diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foi dado nesta quarta-feira, 13, com a publicação de
no Diário Oficial da União (DOU). O ato é assinado pela presidente Dilma Rousseff e pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. A recondução não foi um processo fácil. Exigiu bastante articulação para que o nome fosse aprovado pelo Senado, em um impasse que envolveu interesses do PMDB.
Além da decisão sobre Rufino, também foram publicados atos sobre a recondução de André Pepitone da Nóbrega ao cargo de diretor da Aneel e a nomeação de Tiago de Barros Correia para a diretoria da agência. Todos os mandatos são de quatro anos e passam a contar a partir de amanhã, 14 de agosto.
Na quarta-feira, 6, o Plenário do Senado aprovou a indicação de Correia para a Aneel. Em votação secreta, ele recebeu 40 votos a favor, cinco contra e ainda teve uma abstenção. É o segundo nome ligado a Dilma Rousseff na diretoria. Um dia antes, a Casa havia chancelado a recondução do diretor-geral Romeu Rufino para ficar mais quatro anos no órgão.
A aprovação dos dois nomes ajudou a destravar a indicação de André Pepitone, nome ligado ao PMDB, para a agência, conforme revelou o Broadcast Político, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, em meados de julho. Na ocasião, Senado havia aprovado apenas a nomeação de Pepitone.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), havia comandado uma ação de seu partido, o PMDB, para ampliar a influência no setor elétrico do governo federal. Peemedebistas ligados a Renan barraram a votação no plenário do Senado de Rufino e Correia, ligados à presidente Dilma.
A guerra pelo controle elétrico envolve o "espólio" de Sarney, senador que ainda mantém forte influência na área, embora já tenha anunciado decisão de deixar a vida pública. Em caso de reeleição de Dilma, a disputa por cargos de dirigentes no Ministério de Minas e Energia e em estatais deve se intensificar.
ANS
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) também tem agora, oficialmente, nova diretora: Martha Regina de Oliveira. A nomeação dela para mandato de três anos na instituição foi publicada também no Diário Oficial da União desta quarta-feira. O ato é assinado pela presidente e pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro.