A morte do candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), na manhã desta quarta-feira em um acidente aéreo em Santos (SP), gerou instabilidade no mercado financeiro. Após operar em alta pela manhã, desde o anúncio das informações de que Campos estaria no avião que caiu na cidade do litoral paulista, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrou forte volatilidade. O momento de grandes incertezas e nervosismos influenciou os ânimos e as decisões de investidores.
Considerando que a tragédia com o candidato do PSB à Presidência da República muda o cenário eleitoral e aumenta a imprevisibilidade no mercado financeiro, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, chegou a cair mais de 2% e o dólar recuou, chegando a R$ 2,2630. A bolsa brasileira segue operando com volatilidade, mas já se recuperou, embora siga oprando com queda de 1,21%, 55.757pontos, por volta das 15h13. As ações da Petrobras e Vale já registram forte queda de 2%. Os próximos dias também devem reservar forte volatilidade à bolsa brasileira e ao mercado financeiro, caso o nome da candidata à vice na chapa, Marina Silva, comece a ganhar força para o lugar de Campos.
O ex-governador de Pernambuco saiu do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, para um compromisso no Guarujá (SP). O piloto tentou aterrisar, mas devido ao mau tempo, arremeteu e fez um novo procedimento de aproximação. Nesse momento, o jato caiu próximo ao Canal 3, bairro nobre de Santos, sobre uma academia de ginástica na Rua Vahia de Abreu, no Boqueirão. Além de Campos, também morreram no desastre aéreo o fotógrafo Alexandre da Silva, o assessor Carlos Augusto Leal Filho (Percol), os pilotos Geraldo da Cunha e Marcos Martins, Pedro Valadares Neto e Marcelo Lira.