Brasília – O bom desempenho da carteira de crédito e dos investimentos em tesouraria ajudaram a Caixa Econômica Federal a fechar o primeiro semestre com aumento de 7,9% no lucro líquido, que passou de R$ 3,1 bilhões, em 2013, para R$ 3,4 bilhões, em 2014. O resultado de abril a junho deste ano foi de R$ 1,8 bilhão, valor semelhante ao registrado no mesmo intervalo do ano passado.
Os empréstimos em infraestrutura deram um salto de 52,4% e o volume em carteira somou R$ 46 bilhões. A meta do banco é ampliar esse montante em mais R$ 20 bilhões até o fim do ano, por conta das novas concessões previstas. Com isso, a expectativa é que esse negócio registre alta em torno de 40% até dezembro. " A Caixa está preparada para ser o agente financeiro de vários participantes desses leilões, o que permitirá um crescimento robusto", disse Percival.
No crédito imobiliário, a Caixa registrou aumento de 27% nos empréstimos de janeiro a junho. Para a instituição, a inadimplência nos empréstimos habitacionais, que subiu de 1,75%, nos seis primeiros meses de 2013, para 1,86%, está abaixo da média do mercado e não gera preocupação.
Ações do BB
disparam
As ações ordinárias do Banco do Brasil (BB) lideraram as altas e subiram 3,65% na Bolsa de Valores de São Paulo, ontem, refletindo os resultados do segundo trimestre, que ficaram acima do esperado pelo mercado. O lucro líquido contábil, de R$ 2,83 bilhões, caiu em relação aos R$ 7,47 bilhões do mesmo período do ano passado, mas, na época, o ganho havia sido inflado pela oferta pública de ações da BB Seguridade, que rendeu nada menos do que R$ 9,82 bilhões aos cofres da instituição. Em termos recorrentes, ou seja, excluídos fatores pontuais, o resultado líquido teve alta de 14%, somando R$ 3,002 bilhões.
Pelo mesmo critério, o balanço do primeiro semestre fechou com ganho líquido ajustado de R$ 5,4 bilhões, 2,2% superior ao da primeira metade de 2013. A carteira de crédito da instituição, a maior do país em ativos, alcançou R$ 718,75 bilhões no fim de junho, volume 12,5% superior ao de 12 meses atrás e 2,8% maior que o de março. A previsão é de acelerar as concessões e terminar o ano com expansão entre 14% e 18%. "O segundo semestre tradicionalmente é melhor em crédito", disse o vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores, Ivan Monteiro.
O índice de inadimplência, medido pelas operações vencidas há mais de 90 dias, alcançou 1,99% do total, ligeiramente acima do 1,87% de um ano antes. O banco reservou R$ 4,57 bilhões para cobrir perdas, valor que cresceu 9,2% no período. A previsão, porém, é de alta na margem financeira e na rentabilidade sobre o patrimônio em 2014.