A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira, em coletiva de imprensa concedida no Palácio da Alvorada, que não tem "expectativa" quanto aos novos dados do Produto Interno Bruto (PIB) que serão divulgados nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Não tenho expectativa, não faço estimativa prévia, não. Nunca fiz expectativa, não force a barra", desconversou Dilma.
Mercado reduz expansão do PIB
Pela 13ª semana consecutiva e às vésperas da divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre do ano, analistas do mercado financeiro revisaram para baixo suas projeções para o desempenho da economia brasileira em 2014. De acordo com o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, pelo Banco Central, a mediana das estimativas passou de 0,79% para 0,70%. Há quatro semanas, a expectativa era de expansão de 0,90%.
As sucessivas quedas das estimativas para este indicador vêm chamando a atenção até da imprensa internacional. Há cerca de 15 dias, o site do Financial Times destacou que esse movimento contínuo era semelhante à "dança da cordinha", uma referência à dança apresentada pelo grupo É o Tchan onde a cada volta se desce um pouco mais. Para 2015, porém, a estimativa de expansão ficou estacionada em 1,20% de uma semana para outra. Um mês atrás, a mediana estava em 1,50%.
A expectativa para o fraco crescimento é explicada em grande parte pelas previsões negativas do mercado para o setor industrial. Desta vez, porém, a Focus não trouxe mudanças, mas manteve as taxas negativas para 2014: a mediana das estimativas seguiu em uma retração de 1,76% - estava em -1,15% um mês atrás. Para 2015, porém, a previsão segue em alta de 1,70% como quatro semanas antes.
Os analistas corrigiram também suas estimativas para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2014. A Focus de hoje aponta uma mediana de 34,99% ante taxa de 34,89% da semana passada. Um mês atrás, estava em 34,85%. Para 2015, segue em 35,00% há 10 semanas.