O modelo estava disponível no site (Zara.com) e em várias lojas físicas de países europeus, incluindo Israel, França, Dinamarca, Albânia e Suécia. Por meio do Twitter, a rede pediu desculpas em vários idiomas e confirmou que a camisa já não está à venda.
"O desenho original foi inspirado nas estrelas de xerife dos típicos filmes de faroeste" americanos, muitas vezes douradas e com seis pontas, declarou um porta-voz da popular marca. "Não tem nada a ver com as conotações a que está sendo associada", acrescentou, referindo-se a estrela amarela que os judeus tinham que usar na Alemanha e outros países ocupados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e as listras verticais dos uniformes dos prisioneiros nos campos de concentração. "Entendemos que há uma sensibilidade em relação a esta questão" e "estamos pedindo desculpas aos nossos clientes", disse o porta-voz.
A marca espanhola, que pertence ao grupo Inditex, já havia sido fortemente criticada em 2007 por ter vendido uma bolsa bordada com a suástica. A Zara se defendeu alegando não ter notado este símbolo apropriado pelos nazistas em um artigo produzido por um dos seus fornecedores.
Por aqui, a grife espanhola teve sua imagem associada a prática de trabalho análogo à escravidão em 2011 e somente este ano, a marca admitiu que havia trabalhadores em condições degradantes em sua cadeia produtiva. Há quatro anos, investigações do MPT e do Ministério do Trabalho descobriram dezenas de trabalhadores em condições irregulares no interior paulista e na cidade de São Paulo. No mesmo ano, a marca assinou um Termo de Compromisso de Ajuste de Conduta (TAC) e prometeu cumprir as exigências impostas pelas leis brasileiras. (Com AFP)