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Estado de Minas

Greve geral afeta voos do Brasil para a Argentina

Protesto de 24 horas convocada pela oposição começa e paralisa transportes e serviços. Governo vê baixa adesão, mas pousos e decolagens e jogos de futebol foram suspensos


postado em 29/08/2014 00:12 / atualizado em 29/08/2014 07:21

A greve geral de 24 horas na Argentina convocada pelas três centrais operárias opositoras à presidente Cristina Kirchner começou ontem com bloqueios em ruas e em estradas, e o cancelamento de voos, inclusive no Brasil. A paralisação, a segunda em quatro meses, afetou o sistema ferroviário, rodoviário, o de transporte aéreo, o de postos de combustíveis, e o da administração pública.

Os argentinos protestam contra a inflação crescente, o corte dos empregos e dos salários. Segundo Hugo Moyano, presidente da Central Geral dos Trabalhadores e representante dos caminhoneiros, houve 85% de adesão. O governo minimizou o movimento ao informar que “75% dos trabalhadores não aderiram à greve”, disse o chefe de gabinete da Presidência, Jorge Capitanich, em coletiva de imprensa. O porta-voz do governo afirmou que “20 sindicatos não participaram do movimento, com 30 mil filiados”. Entre os que mantiveram os serviços está o de motoristas de ônibus, que na paralisação de 10 de abril, garantiram o esvaziamento das ruas da capital.

Além da CGT de Moyano, também convocaram a greve a CGT Azul y Blanca, de Luis Barrionuevo, e o setor opositor da também dividida Central de Trabalhadores da Argentina (CTA). Os outros setores da CTA e a CGT Balcarce, mais próxima do governo, não aderiram à paralisação.


Embora a greve tenha se mostrado apenas como uma semiparalisação nas ruas, não funcionaram ontem serviços importantes como trens e aviões de cabotagem. Em alguns hospitais públicos, também não havia funcionários trabalhando.

A adesão de controladores de voos, ligados à Associação de Trabalhadores do Estado (ATE) e da Administração Nacional de Aviação Civil (Anac), que fazem parte a Central dos Trabalhadores Argentinos, causou o cancelamento de, pelo menos 25 voos de empresas brasileiras para Buenos Aires, e nove de companhias argentinas.

Somente a TAM confirmou o cancelamento de seis voos, três que saíam de Guarulhos para o Aeroparque Regional Jorge Newbery, na capital argentina e seis que partiam da Argentina para São Paulo. No caso da LAN, duas partidas de Guarulhos e duas do Aeroporto Internacional de Ezeiza foram suspensas. A Gol suspendeu dois voos entre as duas cidades. A TAM e a Gol informaram que os passageiros que tiverem seus voos cancelados podem remarcar os bilhetes sem custo ou solicitar reembolso.

A Associação de Futebol Argentino (AFA) decidiu, na última terça-feira, suspender os jogos que estavam marcados para ontem, já que os funcionários que trabalham nos estádios já haviam informado que iriam aderir à paralisação, de acordo com a imprensa local.

Motivos A terceira maior economia da América Latina está atolada em uma recessão que deve piorar após o default (calote) no mês passado, já que aumenta a pressão sobre a moeda nacional, o peso, o investimento se reduz e os custos dos empréstimos para empresas e províncias sobem. “São as mesmas reivindicações que fizemos no dia 10 de abril (data da primeira greve nacional do ano) mas, agora, agravada por demissões e suspensões de trabalhadores”, disse Pablo Micheli, lider da CTA opositora.


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