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Estado de Minas

PIB encolhe 0,6% no 2º trimestre do ano e mercado vê recessão técnica

Segundo dados divulgados nesta sexta-feira, pelo IBGE, no Rio de Janeiro, apenas a agropecuária teve leve alta de 0,2%, mas indústria e serviços recuaram


postado em 29/08/2014 09:10 / atualizado em 29/08/2014 12:31

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 0,6% no segundo trimestre em relação ao primeiro deste ano, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes  - em reais -, a soma das riquezas produzidas no período chegou a R$ 1,27 trilhão, sendo R$ 1,1 trilhão referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 183,7 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

Ainda segundo dados divulgados na manhã desta sexta-feira, no Rio de Janeiro, o indicador havia caído 0,2% no primeiro trimestre deste ano e, no acumulado de 12 meses, há um crescimento de 1,4%. No primeiro semestre deste ano em relação a igual período de 2013, o PIB avançou 0,5%.

Economistas já avaliam que o resultado configura-se como recessão técnica, contudo o IBGE não concorda com o quadro. Para o instituto, a recessão se deve a uma sequência de dois trimestres seguidos de queda acima de 0,5%, como explicou em entrevista ao em.com.br, a pesquisadora do IBGE, Claudia Dionísio, o que ocorreu apenas no segundo trimestre deste ano.


Recuo na indústria e nos serviços este ano

Comparado ao primeiro trimestre de 2014, o resultado da agropecuária teve variação positiva de 0,2%, enquanto a indústria (-1,5%) e os serviços (-0,5%) recuaram. Na comparação com o segundo trimestre de 2013, o PIB teve queda de 0,9%, sendo que a agropecuária permaneceu estável (0,0%), a indústria teve recuo (-3,4%) e os serviços variaram 0,2%.

Em relação ao primeiro trimestre deste ano, dentre os subsetores que formam a indústria, apenas a extrativa mineral registrou expansão de 3,2%. A indústria de transformação (-2,4%), construção civil (-2,9%) e eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-1,0%) apresentaram queda em relação ao trimestre anterior.

De acordo com a pesquisadora do IBGE, Claudia Dionísio, o desempenho negativo da indústria da transformação é o responsável por puxar o PIB brasileiro para baixo. "No que diz respeito a indústria da transformação, as principais quedas foram na produção de máquinas e equipamentos e nos setores automotivo e de metalurgia", ressalta.

Ela ainda destaca que "o crescimento da indústria extrativa mineral ajudou um pouco para que o resultado não fosse ainda pior. Os destaques são para o desempenho do petróleo e carvão mineral, além do minério de ferro. Os três registraram dados positivos, principalmente os dois primeiros", explica. Claudia Dionisio salientou ainda o desemprenho negativo da construção civil, com menor  demanda e resultado negativo dos insumos - queda na procura por cimento, areia e tijolos.

Nos serviços, o recuo foi puxado pelo desempenho negativo observado no comércio (-2,2%) e em nos demais serviços (-0,8%). O destaque positivo ficou a cargo dos serviços de informação, com crescimento de 1,1%, seguido por atividades imobiliárias e aluguel (0,6%) e intermediação financeira e seguros (0,4%). Os serviços de administração, saúde e educação pública (0,1%) e transporte, armazenagem e correio (0,0%) mantiveram estabilidade em relação ao trimestre imediatamente anterior.

Pela ótica do gasto, o resultado negativo do PIB foi puxado pelas quedas da Formação Bruta de Capital Fixo (-5,3%) e da Despesa de Consumo da Administração Pública (-0,7%). Estes recuos foram parcialmente contrabalançados pela Despesa de Consumo das Famílias, que variou +0,3% em relação ao trimestre anterior. No que se refere ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 2,8%, enquanto que as Importações apresentaram queda de 2,1%.

Taxa de investimento fica em 16,5%

A taxa de investimento no segundo trimestre de 2014 foi de 16,5% do PIB, inferior à taxa observada em igual período do ano anterior (18,1%). Esse aumento foi influenciado, principalmente, pela queda, em volume, da Formação Bruta de Capital Fixo no trimestre. A taxa de poupança ficou em 14,1% no segundo trimestre de 2014 (ante 16,1% no mesmo trimestre de 2013).

No resultado do segundo trimestre de 2014, a Renda Nacional Bruta atingiu R$ 1.249,6 bilhões contra R$ 1.197,6 bilhões em igual período de 2013. Na mesma base de comparação, a Poupança Bruta atingiu R$ 179,0 bilhões contra R$ 195,6 bilhões no mesmo período do ano anterior.

A Necessidade de Financiamento alcançou, no 2º trimestre de 2014, R$ 48 bilhões contra R$ 42,3 bilhões no mesmo período do ano anterior. O aumento da Necessidade de Financiamento é explicado, principalmente, pelo aumento no Déficit Externo de Bens e Serviços no montante de R$ 2,8 bilhões e pelo aumento de R$ 1,6 bilhão em Renda Líquida de Propriedade Enviada ao Resto do Mundo.


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