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Estado de Minas

Minishoppings viram tendência em BH

Localizados em vias de fácil acesso e com vagas de estacionamento gratuitas, malls têm vantagens em relação aos shopping centers


postado em 10/09/2014 09:00 / atualizado em 11/09/2014 07:35

Na Pampulha, mall está em funcionamento e outros três em obras e aprovação(foto: Divulgação/MyMall)
Na Pampulha, mall está em funcionamento e outros três em obras e aprovação (foto: Divulgação/MyMall)

Bem localizados, os streett malls, que são os minishoppings no conceito aberto ou de rua, já são tendência no mercado imobiliário e opção de negócio para quem pretende investir em um ponto comercial em áreas estratégicas da capital. O acesso rápido e fácil, estacionamento amplo e gratuito e custo menor para manter uma operação são as principais vantagens em relação aos shoppings centers.

Em Belo Horizonte, esse tipo de empreendimento ganhou “corpo” nos últimos dois anos. Na Região da Pampulha, em especial, um mall já está em funcionamento e outros três em fase de obra e aprovação. "A ideia é ter produtos e serviços que fazem parte do dia-a-dia do cliente. O interessante é que ele vá ao mall e consiga resolver tudo em um só lugar. É importante que ele encontre banco, correio, padaria, drogaria, pet-shop, entre outros", disse Fernando Pinto, gestor de novos negócios da MyMall, grupo com atuação no mercado de street mall na capital mineira e região metropolitana.

Ele confirma que os investimentos nos chamados projetos compactos têm crescido. “É nítida hoje a existência de mais concorrentes nesse mercado se comparado há dois anos. Acredito que seja uma tendência a ida das grandes redes de lojas e franquias para as lojas de rua. É uma forma de elas estarem mais perto do seu cliente. A grande rede está se deslocando para o dia-a-dia do seu cliente”.

Somente este ano, o grupo inaugurou duas unidades, uma no Bairro São Luiz, na Pampulha e outra no Bairro Padre Eustáquio, Região Noroeste da capital. Também há previsão de inauguração em até dois anos na Avenida Fleming, no Bairro Ouro Preto, nos bairros Itapoã, também na Região da Pampulha, além do Bairro Serrano, em BH, e Vespasiano e Betim.

"Os minishoppings são "comércios de rua" organizados, mais voltados para o varejo. Muito diferente de um shopping. A compra no shopping center é uma compra programada. O cliente sai de casa e normalmente já sabe o que quer comprar e aonde comprar. Nos malls, que normalmente estão localizados no sentido "volta pra casa", a compra não é programada, a decisão do cliente é tomada em cima da hora, de forma impulsiva. Se o cliente tiver facilidade de acessar o street mall e local para estacionar, ele para. Normalmente o mix de lojas oferecido no mall também existe no shopping, só que no mall, ele consegue resolver tudo com rapidez", disse.

Venda e aluguel


O valor das lojas, afirma o gestor, depende da localização, fluxo de veículos e pedestres e visibilidade. “São informações que contribuem muito para criar demanda local. Outro detalhe importante é o projeto e formatação do street mall, como por exemplo, a existência de um número "generoso" de vagas para os clientes. Vagas de estacionamento agregam muito valor ao empreendimento e torna-se quase que termômetro para o sucesso do mall".

Segundo ele, o valor de venda de uma loja de 50 metros quadrados nesses locais varia entre R$ 350 mil e R$ 500 mil. Já o aluguel é negociado em média de R$ 2,2 mil a R$ 4 mil. A taxa de condomínio de um street mall é na faixas de R$ 5 o metro quadrado, cerca de R$ 250. "Os custos podem gerar uma margem operacional mais elevada para o lojista, com custos fixos menores", conclui.


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