O terminal provisório de passageiros do aeroporto de Confins será usado pelas companhias aéreas internacionais até abril de 2016. As empresas que operam atualmente no terminal principal serão transferidas depois que o edifício for homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Com isso, em Confins, os passageiros de todas as rotas que vão para o exterior farão embarque remoto (por ônibus). Segundo o executivo da BH-Airport, Paulo Rangel, a proposta é que o espaço usado atualmente para embarque e desembarque internacional seja usado somente para voos domésticos, praticamente dobrando a área disponível para a sala de espera.
A concessionária entregou à agência reguladora um anteprojeto com a reconfiguração do terminal de passageiros e a construção da segunda unidade. O documento já foi devolvido com as revisões e a BH-Airport deverá enviá-lo de volta em até 10 dias. A proposta de transferir os voos internacionais provisoriamente tem como finalidade readequar o terminal principal para receber exclusivamente rotas domésticas. Segundo Rangel, a sala de embarque internacional ocupa aproximadamente 50% do chamado lado A (área depois do aparelho de raio X), enquanto só 4% dos passageiros voam para Miami, Lisboa, Cidade do Panamá e Buenos Aires.
Os voos internacionais terão embarque no terminal provisório até a construção do segundo terminal, previsto para ser entregue em 2016. A nova unidade terá divisão para domésticos e internacionais, enquanto o provisório será, então, usado somente para “apoio”. “Num primeiro momento, vamos usar o TPS 3 (terminal de passageiros 3 ou provisório) para voos internacionais, senão não conseguimos fazer as intervenções necessárias”, diz Rangel sobre as mudanças para uso do setor internacional. Hoje, depois da sétima ponte de embarque, o espaço não é adequado para uma sala de espera.
Além do aumento da sala de embarque dos voos domésticos, o anteprojeto prevê que será montada uma sala VIP no terceiro andar, onde a Caixa criou um lounge durante a Copa do Mundo. A proposta é que seja uma área mais nobre, com restaurante, área para descanso e outros serviços especiais. É possível que seja feita uma parceria com uma companhia aérea.
Depois de aprovado o anteprojeto, a empresa deve elaborar o projeto básico e, em seguida, iniciar o executivo. As obras podem ter início ainda neste ano. Entre outros, o anteprojeto apresenta a previsão de número de passageiros embarcados por hora, o tamanho do terminal e outros conceitos. Uma definição é que serão instaladas esteiras rolantes para o transporte de passageiros, equipamento presente nos principais aeroportos internacionais.
Com a construção do segundo terminal, o aeroporto terá capacidade operacional de 22 milhões de passageiros por ano – sem contar com a estrutura provisória. As projeções da BH-Airport mostram que esse número de usuários só será atingido em 2023. Segundo Rangel, nos cinco primeiros anos de concessão só seis das 14 pontes previstas para o novo terminal seriam necessárias, mas o planejamento é feito para 10 anos. No período, Confins irá, então, operar abaixo do limite, bem diferente do que ocorreu nos últimos anos, sob a administração da Infraero. Assim como em Brasília, o aeroporto mineiro terá um píer na ponta direita, de onde serão feitos os embarques. Ao longo do tempo, um outro píer pode ser construído, do outro lado, para otimizar os embarques.