A associação Brasileira da Indústria de Cerveja (CervBrasil), que congrega as quatro maiores fabricantes do país - Ambev, Brasil Kirin, Heineken e Petrópolis -, informou que, após reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na terça-feira, governo e indústria concordaram em rever o atual modelo de tributação sobre o setor.
"A Associação considera positivo o diálogo estabelecido com o governo federal e acredita que a formação de um novo grupo de trabalho abre caminho para a evolução do sistema de tributação da categoria", diz em nota à imprensa. Ainda segundo a CervBrasil, o setor defende a criação de uma metodologia "mais simples e previsível" para a revisão das alíquotas. A indústria argumenta que um menor reajuste permitiria o aumento de investimentos das empresas, resultando em uma alta da produção e num crescimento orgânico da arrecadação.
A declaração foi feita depois de o governo federal ter adiado novamente na terça-feira o reajuste tributário previsto para o segmento de bebidas frias, que inclui cervejas, refrigerantes, água e isotônicos, medida avaliada como positiva pelo setor. Dessa forma, o aumento de impostos previsto para outubro deve ocorrer apenas em janeiro de 2015, após definição das novas regras.