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Estado de Minas

Produção industrial surpreende e cresce 0,7% em agosto

No ano, a produção da indústria acumula queda de 3,1%. Já em 12 meses, o recuo é de 1,8%. Indústria extrativa puxa crescimento industrial em agosto


postado em 02/10/2014 09:37 / atualizado em 02/10/2014 10:58

A produção industrial cresceu 0,7% em agosto ante julho, segunda alta seguida, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira, em sua Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF). Em julho, a produção da indústria havia crescido 0,7% ante junho, após cinco meses consecutivos de queda.

Apesar disso, a indústria recuou de 5,4% na comparação com agosto do ano passado. A produção industrial tem perdas acumuladas de 3,1%, no ano, e de 1,8% no período de 12 meses.

Perdas

Segundo o IBGE, a alta de 0,7% sobre o mês imediatamente anterior, representa uma pequena melhora em relação ao desempenho da atividade ao longo de 2014, mas ainda não compensa as perdas registradas anteriormente. Com a segunda alta seguida, em base mensal, a produção teve alta acumulada de 1,4% entre julho e agosto - porém, de março a junho, a indústria havia tido perda de 3,4%. "Há uma melhora em relação ao passado recente, mas não zera as perdas das quatro quedas entre março e junho. A base de comparação é baixa", afirmou André Macedo, gerente da Coordenação da Indústria do IBGE.


Em relação a igual período de 2013, porém, as quedas ainda predominam. Nesta comparação, a produção teve baixa de 5,4% em agosto. "Permanece aquele cenário que temos observado nos últimos meses. Não só a frequência de resultados negativos, mas a disseminação do perfil de queda da produção", disse Macedo.

Setores

O crescimento de 0,7% da produção industrial foi puxado por 14 dos 24 ramos pesquisados. O destaque foi o avanço de 2,4% registrado por indústrias extrativas, que apontou o sexto resultado positivo consecutivo, acumulando nesse período expansão de 7,3%. Segundo o IBGE, a produção de petróleo é o que mais tem impulsionado o setor.

Outras contribuições positivas importantes sobre o total da indústria vieram dos setores de máquinas e equipamentos (3,9%) - a segunda taxa positiva, com crescimento de 11,8% em dois meses, mas sem compensar perdas anteriores -, de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,5%), de produtos alimentícios (1,1%), de produtos de borracha e material plástico (4,1%), de produtos do fumo (15,4%) e de produtos de metal (2,7%).

Entre os dez ramos que reduziram a produção em agosto, o maior impacto veio do setor de bebidas (-6,1%). Em seguida, influenciaram perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (-4,2%), produtos farmacêuticos e farmoquímicos (-7,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,5%) e outros equipamentos de transporte (-6,9%).


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