Mesmo com dois meses de alta, julho e agosto, a produção de máquinas e equipamentos ainda não compensou as perdas registradas. Em agosto, a atividade avançou 3,9%, após alta de 7,3% em julho. Neste período, a alta acumulada foi de 11,8%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Em alguns segmentos, especialmente a parte de bens de capital não seriados, houve avanço mais importante em agosto, mas é algo bem pontual. É muito mais uma base de comparação depreciada o que justifica essa sequência de dois meses de avanço", disse André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, lembrando que a atividade de máquinas e equipamentos havia registrado queda de 9,1% em junho.
A despeito do desempenho positivo, a produção de máquinas e equipamentos está 4% abaixo do observado em janeiro deste ano, o que indica a perda de ritmo, observou o analista. "A produção de bens com relação direta com investimento dos empresários têm mostrado menor dinamismo, demonstrando o sentimento deles. Seja o indicador da CNI (Confederação Nacional da Indústria) ou da Fundação (Getulio Vargas), eles mostram a redução mês a mês da confiança do empresariado", frisou Macedo.