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Estado de Minas

Bovespa sobe forte e dólar cai influenciados pelo resultado do 1º turno das eleições

Aécio Neves é o candidato preferido dos investidores


postado em 06/10/2014 17:35 / atualizado em 06/10/2014 18:26

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou a segunda-feira em forte alta puxada pela disparada dos papéis da Petrobras e do Banco do Brasil. O Ibovespa avançou 4,72%, aos 57.115 pontos, reação positiva depois do resultado do primeiro turno das eleições presidenciais no país. O avanço desta segunda é o maior desde 9 agosto de 2011, quando a bolsa subiu 5,10%. Em 27 de julho de 2012, o principal índice da bolsa paulista fechou com a mesma variação de 4,72%.

A arrancada de Aécio Neves (PSDB), candidato de oposição que levou a disputa para o segundo turno com a presidente Dilma Rousseff, e o possível apoio de Marina Silva (PSB) ao tucano no segundo turno, fizeram a bolsa subir quase 8% nesta segunda. Aécio Neves é o candidato preferido dos investidores.

As ações de empresas com participação estatal, como a Petrobras - envolvida em escândalos de corrupção vinculados ao PT - tiveram fortes altas desde a abertura do pregão. As ações preferenciais da Petrobras fecharam em alta de mais de 11%, a R$ 20,39, depois de terem chegado a subir quase 17% no início do dia. A alta também foi puxada pelo Banco do Brasil que subiu quase 12%, a R$ 29,11.


A Bovespa já havia subido com força diante da possibilidade de Dilma Rousseff não ser reeleita. Entretanto, teve uma queda de 4,52% na semana passada, quando as pesquisas apontaram o aumento em seu apoio popular e a possibilidade de reeleição no primeiro turno.

Segundo os analistas, os mercados têm uma rejeição a Dilma, por causa do fraco crescimento econômico durante seus quatro anos de governo. Também há uma insatisfação com a negligência em relação às contas fiscais, à inflação, à redução da poupança e à ingerência do governo em empresas onde o Estado é acionista, como a Petrobras.

A economia brasileira, sétima do mundo, passa atualmente por uma recessão técnica depois de dois trimestres consecutivos de contração, e com uma inflação anual acima da meta oficial de 6,5%. "A alta da bolsa é uma reação de otimismo diante da perspectiva de que Aécio ganhe. O mercado acompanha de perto os indicadores econômicos brasileiros e as contas fiscais", comentou o economista da agência de classificação de risco Austin Rating, Alex Agostini. "Com Dilma, a perspectiva é de que se mantenha o quadro de baixo crescimento econômico, que haja desemprego e outras dificuldades", acrescentou.

Dólar em forte baixa

A euforia do resultado do primeiro turno das eleições presidenciais também refletiu sobre a cotação do dólar, que fechou em baixa acentuada nesta segunda. A moeda norte-americana recuou 1,43%, a R$ 2,4266, a menor cotação desde o dia 24 de setembro, quando a divisa fechou em R$ 2,3835. A cotação chegou a abrir o dia em R$ 2,38, mas voltou a superar R$ 2,40 nas horas seguintes, sempre mantendo a queda.

As tensões da corrida eleitoral e a recuperação da economia dos Estados Unidos, que estimula a fuga de dólares de países emergentes como o Brasil, pressionaram o mercado financeiro nas últimas semanas. O governo, no entanto, alega que os fatores externos estão influenciando muito mais a cotação do dólar e da bolsa que a situação interna da política e da economia.

Semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, atribuiu a instabilidade no mercado financeiro ao quadro internacional. Segundo ele, nas últimas semanas tem havido volatilidade maior por causa da perspectiva de aumento da taxa de juros, a partir de 2015, pelo Federal Reserve (Fed), e de turbulências internas em vários países.

Ao comentar o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado na última segunda-feira, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, disse que a intensidade do repasse da variação da moeda norte-americana para a inflação é bem menor do que há dez anos. Para ele, o baixo crescimento da economia pode conter o efeito da alta do câmbio sobre os preços internos.

Com agências


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