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Estado de Minas

IGPs devem ficar no negativo em outubro, diz Quadros


postado em 09/10/2014 15:01 / atualizado em 09/10/2014 15:02

IGP-MApesar de não indicar um novo ciclo de deflações, a queda de 0,07% na primeira prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de outubro abre caminho para que o indicador medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) permaneça no negativo ao longo deste mês. A avaliação é do superintendente adjunto de inflação da FGV, Salomão Quadros. "É possível que a família dos IGPs fique na vizinhança do zero, mas do lado negativo ao longo de outubro", disse.

Os recuos no índice, contudo, não se firmarão como uma tendência, a exemplo do ciclo que ocorreu entre o fim de maio e o mês de agosto. Segundo Quadros, àquela época, um conjunto de fatores contribuiu para o alívio - a constatação de menores prejuízos do que o esperado após a estiagem e a boa safra americana. Agora, há apenas um motivo para a queda nos preços.


"Agora, sobretudo, (o que influencia) é a melhora nas condições da safra americana", ponderou o superintendente, ressaltando que, no momento, esse fator tem menos força do que antes. Mesmo assim, a perspectiva de melhor produtividade de grãos derrubou o preço da soja, que caiu 2,73% na primeira prévia de outubro. Milho e trigo também têm sido beneficiados, apontou Quadros. Ainda entre os grãos, o café diminuiu de preço, numa trégua das más notícias climáticas que têm elevado o valor do produto.

Outra boa notícia apurada na prévia do indicador foi a desaceleração dos preços de carnes bovinas. Ainda no estágio bruto, os bovinos subiram 1,31%, após alta de 2,61% na primeira prévia de setembro. As carnes bovinas, já no frigorífico, a alta passou de 5,09% para 2,01%. Mesmo assim, as altas no ano são elevadas, acima de 10%. "Nem tudo isso chegará ao IPC (Índice de Preços ao Consumidor), já que o frigorífico aumenta também porque está exportando", ponderou Quadros.

Se por um lado as carnes bovinas devem trazer certo alívio, as aves devem começar a ficar mais salgadas para as famílias, antevê o superintendente. "Abriu um diferencial (entre os preços de bovinos e aves), e os produtores podem tirar certo proveito disso", avaliou. Diante do peso do item no indicador, contudo, o movimento não deve pressionar a inflação.


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