A inflação percebida pelos idosos encerrou o terceiro trimestre de 2014 com alta de 0,46%, abaixo da taxa de 1,7% apurada no segundo trimestre deste ano, mostrou o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i) divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta segunda-feira. Em 12 meses, contudo, o IPC-3i acelerou a 6,7%.
O resultado do IPC-3i no terceiro trimestre ficou abaixo, no mesmo período, do Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), que mede a inflação em todas as faixas etárias. O IPC-Br subiu 0,71% entre julho e setembro. Em 12 meses, a inflação da terceira idade também foi mais branda que os 6,97% percebidos entre a média dos consumidores.
Todas as oito classes de despesa que formam o índice perderam força na passagem do trimestre. Mas a principal contribuição partiu do grupo Alimentação (1,31% para -0,62%). Segundo a FGV, as hortaliças e legumes ficaram 25,29% mais baratas, depois de seus preços já terem recuado 7,70% no segundo trimestre. Os maiores destaques de baixa de preços no terceiro trimestre foram batata-inglesa (-50,34%) e tomate (-34,86%).
Contribuíram ainda para a desaceleração do IPC-3i os grupos Habitação (2,16% para 1,22%), Saúde e Cuidados Pessoais (2,73% para 1,07%), Vestuário (1,92% para -0,59%), Comunicação (0,19% para -1,08%), Despesas Diversas (2,46% para 0,30%), Transportes (0,76% para 0,51%) e Educação, Leitura e Recreação (0,11% para 0,07%).
Para cada uma destas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens condomínio residencial (3,03% para 0,46%), medicamentos em geral (3,65% para -0,29%), roupas (2,07% para -0,96%), tarifa de telefone residencial (-0,10% para -2,92%), loterias (8,74% para 0,00%), tarifa de táxi (2,17% para 0,31%) e hotel (8,71% para -3,31%), respectivamente.
O IPC-3i representa o cenário de preços sentido em famílias com pelo menos 50% dos indivíduos de 60 anos ou mais de idade e renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos.