Cerca de 47% dos trabalhadores são informais no continente americano, que continua sendo a região do mundo com a maior desigualdade no mercado de trabalho apesar da queda na taxa, advertiu em Lima o diretor-geral da OIT, Guy Ryder. "A taxa média de informalidade nas Américas é de quase 47%. Baixou, mas continua sendo alta. Com essas taxas não é surpresa que as Américas ainda sejam a região mais desigual planeta", disse Ryder na noite da última segunda-feira, liderando a 18ª reunião regional americana da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Segundo a diretora regional da OIT, Elizabeth Tinoco, "ainda há 130 milhões de pessoas empregadas nessas condições de informalidade". A OIT afirmou também que a taxa de desemprego urbano na região caiu para 6,2% este ano, enquanto em 2013 essa taxa era de 6,6%. "O desafio da formalização do trabalho na região tem que ser uma prioridade", em um contexto de perda de dinamismo econômico em nível regional e global que terá impacto no mercado de trabalho, afirmou o diretor-geral da OIT.
"Hoje há uma franca desaceleração do crescimento na região que, sem dúvida, isso impactará nos mercados de trabalho e será necessário ativar a economia de modo muito decisivo para manter e criar mais postos de trabalho", disse.
A reunião regional da OIT reune até quinta-feira ministros do Trabalho e outros delegados de governos de América Latina, Caribe, Canadá e Estados Unidos, juntamente com representantes de organizações empresariais e sindicais. No evento serão discutidas as medidas que devem ser implementadas para manter as conquistas trabalhistas dos últimos anos e será assinado um compromisso de enfrentamento contra o trabalho infantil no continente.