Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de setembro, anunciados nesta quarta-feira, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostram um mercado de trabalho resistente dentro de um cenário macroeconômico com os demais indicadores ruins. A avaliação é do economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Segundo ele, há uma possibilidade de que o momento mais desfavorável do emprego no País já tenha ficado para trás.
Segundo o MTE, o saldo líquido de empregos formais gerados em setembro foi de 123.785 vagas, sem ajuste sazonal.
Gonçalves estava exatamente no piso do levantamento do AE Projeções. Questionado sobre o que gerou a surpresa com o número do Caged, ele respondeu que o setor de comércio foi o responsável pela maior distorção entre sua expectativa e o resultado efetivo.
"O comércio já havia ido bem no mês anterior e continuou indo bem", comentou, referindo-se ao setor que gerou 36.409 vagas no Caged de setembro. Em agosto, o comércio havia criado 40.619 postos, conforme os dados originais do Ministério do Trabalho e Emprego.