O desemprego na América Latina deve cair este ano, com uma taxa de entre 6% e 6,1%, menor do que o índice de 6,2% registrado em 2013, afirmou nesta quarta-feira o relatório conjunto da Cepal e da OIT.
A economia regional deve crescer 2,2% neste ano, influenciada por uma queda na demanda por matérias-primas, mas isso "não impedirá que o desemprego urbano regional caia este ano para 6% ou 6,1%, comparado à taxa de 6,2% observada em 2013", afirma o relatório.
A explicação é que a população economicamente ativa, ou seja, a proporção da população em idade de trabalhar, diminuirá. "Isso permitirá uma queda da desocupação, e não uma reativação da geração de emprego em nível regional", explicam a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
"Considerando essas circunstâncias, e por mais paradoxal que isso possa ser, a queda da taxa de desemprego não é uma notícia totalmente positiva", afirma Alicia Bárcena, secretária-executiva da Cepal, e Elizabeth Tinoco, diretora regional da OIT, no documento.
"A queda da participação da população economicamente ativa que está por trás do desemprego decrescente tem impacto na autonomia econômica de uma proporção cada vez maior da população, principalmente das mulheres", advertem Bárcena e Tinoco.
De acordo com dados do primeiro semestre apresentados no documento, a Colômbia lidera a lista, com 10,7% de desemprego, seguida de Costa Rica (9,4%), Paraguai (8,8%) e Venezuela.