Após uma contração de 0,6% na economia no segundo trimestre, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador criado para tentar antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) – atingiu 0,27% em agosto ante o mês anterior, na série com ajuste sazonal. No entanto, em junho, o índice havia crescido 1,52%, segundo dados revisados. De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, pelo Banco Central, o número passou de 146,34 pontos em julho, na série dessazonalizada, para 146,73 pontos em agosto.
Nos 12 meses encerrados em agosto de 2014, é possível observar um crescimento de 0,88% na série sem ajuste. No acumulado dos oito primeiros meses do ano, o indicador passou para o terreno negativo, ao ficar com uma taxa de -0,11% (sem ajuste). Até julho, por esse critério, ainda era verificada uma leve alta de 0,07%.
Na comparação entre os meses de agosto de 2014 e de 2013, houve retração de 1,35% também na série sem ajustes sazonais. Na série observada, agosto terminou com IBC-Br em 148,56 pontos. O indicador de agosto de 2014 ante o mesmo mês de 2013 mostrou um recuo maior do que o apontado pela mediana (-1,00%), mas também ficou dentro das previsões (-1,70% a +0,30%) dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções.
O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. Entre os componentes do indicador estão a Pesquisa Industrial Mensal e a Pesquisa Mensal de Comércio. A projeção do Banco Central para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano é de 0,7%, segundo o último Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado em setembro. Já pelos cálculos do Ministério da Fazenda, a economia brasileira terá expansão de 0,9% em 2014.
Média
O IBC-Br registrou queda de 0,72% no trimestre de junho a agosto de 2014 na comparação com os três meses anteriores pela série ajustada do BC. Na divulgação do mês passado, no trimestre encerrado em julho, a baixa havia sido de 0,95% ante os três meses anteriores.
A instituição revisou alguns dados do índice de atividade econômica na série com ajuste. A nova taxa de julho é de 1,52% e não mais de +1,50%. Em junho o dado passou de -1,51% para -1,46%. Em maio, o indicador foi alterado de -0,46% para -0,61%. Para abril, a revisão foi de +0,10% para +0,18%. No caso de março, a mudança foi de -0,13% para -0,07%. (Com Agência Estado)