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Estado de Minas

S&P nega perspectiva negativa ou downgrade para o país

"O Brasil voltou a ser BBB- devido à incapacidade de fazer ajuste necessário na parte fiscal"


postado em 21/10/2014 19:37 / atualizado em 21/10/2014 18:53

A presidente para o Cone Sul da Standard and Poor's, Regina Nunes, ressaltou que na S&P "não temos perspectiva de nada que seja negativo ou downgrade para o Brasil." Ela fez um comentário logo depois de ouvir uma pergunta sobre se o País poderia perder o grau de investimento caso persista em 2015 com a atual política fiscal.

"O Brasil voltou a ser BBB- devido à incapacidade de fazer ajuste necessário na parte fiscal", destacou Regina. "Mas houve uma tentativa de melhora neste ano eleitoral."


Na avaliação de Regina Nunes, a retomada mais vigorosa dos investimentos de longo prazo será um indicador muito bom que poderá sintetizar uma melhora das condições macroeconômicas do País. "Para isso ocorrer em boa velocidade, será preciso ter atuado em várias áreas, com uma política fiscal menos expansionista, menor inflação e redução do Custo Brasil, especialmente com um quadro bem mais favorável para logística e infraestrutura", ponderou. "O País tem vulnerabilidades devido a fraquezas econômicas estruturais."

Contudo, Regina destacou que uma política econômica que tenha como foco exclusivo a austeridade fiscal não será benéfica para a economia e para o rating do País. "É preciso ter um foco em crescimento sustentável, com inflação sob controle e atendimento das demandas sociais", ponderou. "O Brasil pode ficar com o rating BBB-, por mais fortes que sejam suas políticas fiscais", disse. "Há problemas com preços administrados. Mas o País tem demandas sociais que se não forem atendidas podem gerar instabilidades." Ela fez os comentários ao participar de evento promovido pelo Ibri.

Petrobras

Regina Nunes afirmou que a S&P não prevê nenhuma alteração da nota BBB- da Petrobras. A Moody's rebaixou nesta terça-feira, a estatal para Baa2, com perspectiva negativa. "O rating da Petrobras acompanha a nota soberana. A empresa realiza investimentos imensos, muito importantes para o Brasil, que tem o apoio de sua realização pelo governo."


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