A presidente Dilma Rousseff, reeleita neste final de semana, terá de ver a taxa básica de juros voltar a subir já em janeiro, segundo expectativa apontada pelo mercado financeiro no relatório Focus, divulgado pelo Banco central nesta segunda-feira. A vantagem mostrada no documento é a de que a mesma taxa encerrará o ano mais baixa do que o esperado uma semana atrás. O documento foi divulgado há pouco pelo Banco Central e conta com um incremento da Selic dos atuais 11% ao ano para 11,25% ao ano no primeiro mês de 2015.
Até a semana passada, a perspectiva dos cerca de 100 participantes da pesquisa era de que a alta dos juros fosse vista apenas em março, quando subiria 0,50 ponto porcentual, para 11,50% ao ano. Apesar de a projeção ter sido adiantada para janeiro na Focus, é nesse nível mesmo que a taxa deve ficar dois meses depois.
Pelo documento do BC, a taxa básica sofrerá um novo aumento em abril, quando atingirá a marca de 11,75%. Até a pesquisa anterior, nesse mês a mediana das estimativas do mercado era de uma Selic em 11,50% ao ano. Em junho, há uma divisão das apostas na Focus, com a taxa mostrando um porcentual de 11,88% - a dúvida é entre uma taxa de 11,75% e 12,00% ao final do período, já que o Banco Central apenas promove alterações de múltiplos de 0,25 ponto porcentual por vez.
Para julho, no entanto, não resta dúvidas de que a Selic estará em 12,00% ao ano. Em setembro, os analistas voltam a ficar divididos sobre o timing de afrouxamento monetário. Para esse mês, o levantamento aposta que a mediana das estimativas para a Selic está mais uma vez em 11,88%. Para outubro, a taxa mediana está em 11,75% ao ano - ante patamar de 12% do patamar anterior.
Em novembro, quando ocorrerá a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2015, a Selic estará em 11,50%, ainda segundo a Focus. No levantamento anterior, a mediana para a taxa de juros nesse período era de 11,88%.