Os presságios pessimistas sobre o comportamento da bolsa e do dólar em caso de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) enfim se confirmaram. Poucas horas após a decisão das urnas que deu a vitória apertada da petista sobre o senador Aécio Neves (PSDB), o mercado financeiro já dava sinais de que a segunda-feira seria de fortes perdas para as principais empresas brasileiras. Não por acaso, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) derreteu, fechando a 2,77%, e a moeda norte-americana chegou a alcançar, durante o dia, o maior patamar em nove anos, com recuo no fim do dia.
Nem havia amanhecido no Brasil quando, do outro lado do mundo, na bolsa de Tóquio, no Japão, o índice financeiro que reflete o desempenho do pregão de São Paulo já indicava perdas superiores a 7%. Horas depois foi a vez de Nova York, nos Estados Unidos, levar apreensão aos investidores da maior empresa brasileira, a Petrobras. Antes mesmo da abertura formal daquele mercado, os certificados de posse de papéis da companhia (Adrs, na sigla em inglês) eram negociados com perdas de 15%.
No pregão brasileiro o comportamento foi parecido. Numa espécie de pré-mercado, onde os investidores realizam leilões de ações, os negócios indicavam fortes perdas para a estatal do petróleo e para demais companhias do chamado “kit eleições”, justamente aquelas que teriam o desempenho mais afetado num segundo mandado da presidente Dilma Rousseff.
A Petrobras, mais uma vez, liderou as perdas da bolsa. Os papéis da estatal afundaram mais de 12%, atingindo o pior patamar desde novembro de 2008. Outras empresas também afetadas pela condução da política econômica do governo, como as distribuidoras de energia, sofreram com a volatilidade dos mercados. A Eletrobrás teve perdas de 10,2%, seguida da estatal de Minas Gerais, Cemig, com queda de 8,7%.
Queda semelhante teve o Banco do Brasil, cujas ações encerraram o dia em baixa de 5%, também reagindo à eleição da presidente Dilma Rousseff. “Não chegou a ser a catástrofe que se anunciava tão somente porque, nas últimas semanas, quando os institutos de pesquisa começaram a dar como certa a reeleição da Dilma, muita gente se desfez dessas ações”, disse um operador de um grande banco de investimentos, sob condição de anonimato. Um exemplo foi o comportamento do Ibovespa. O índice que acompanha as principais ações negociadas no pregão paulista abriu a sessão com queda de 6%. Mas, ao longo do dia, com os ânimos já assentados, as perdas foram reduzidas. A queda do Ibovespa ficou em 2,77%, aos 50.503 pontos.
Mais uma vez, o movimento de vendas na bolsa resultou numa maior procura pelo dólar, com investidores buscando proteção em ativos não sensíveis a uma piora do quadro interno, após a reeleição da presidente. Durante o pregão, a busca pela moeda norte-americana chegou a elevar a cotação em 4,21%, para R$ 2,560 – a maior alta desde 2005.
Ao longo do dia, porém, esse movimento de busca pelo dólar perdeu intensidade. Assim, no fechamento, a divisa dos EUA desacelerou a alta para 2,68%, aos R$ 2,5229 na venda. Mesmo assim, trata-se da maior cotação desde setembro de 2011. O dólar-turismo também ficou mais caro e fechou a R$ 2,74 para venda. Em Belo Horizonte, o câmbio paralelo estava cotado a R$ 2,70.
Uma péssima notícia não só para o turista com viagem marcada para o exterior, mas para os consumidores em geral, que terão de pagar mais caro por produtos fabricados no país, já que um quinto dos insumos utilizados na produção nacional vem do exterior. “Dólar mais alto significa inflação mais alta. Da mesma forma que bolsa em queda representa menos investimento, o que, por sua vez, tende a reduzir ainda mais o já fraco crescimento econômico”, assinalou Roberto Luis Troster, ex-economista-chefe da Febraban.
Nem havia amanhecido no Brasil quando, do outro lado do mundo, na bolsa de Tóquio, no Japão, o índice financeiro que reflete o desempenho do pregão de São Paulo já indicava perdas superiores a 7%. Horas depois foi a vez de Nova York, nos Estados Unidos, levar apreensão aos investidores da maior empresa brasileira, a Petrobras. Antes mesmo da abertura formal daquele mercado, os certificados de posse de papéis da companhia (Adrs, na sigla em inglês) eram negociados com perdas de 15%.
No pregão brasileiro o comportamento foi parecido. Numa espécie de pré-mercado, onde os investidores realizam leilões de ações, os negócios indicavam fortes perdas para a estatal do petróleo e para demais companhias do chamado “kit eleições”, justamente aquelas que teriam o desempenho mais afetado num segundo mandado da presidente Dilma Rousseff.
A Petrobras, mais uma vez, liderou as perdas da bolsa. Os papéis da estatal afundaram mais de 12%, atingindo o pior patamar desde novembro de 2008. Outras empresas também afetadas pela condução da política econômica do governo, como as distribuidoras de energia, sofreram com a volatilidade dos mercados. A Eletrobrás teve perdas de 10,2%, seguida da estatal de Minas Gerais, Cemig, com queda de 8,7%.
Queda semelhante teve o Banco do Brasil, cujas ações encerraram o dia em baixa de 5%, também reagindo à eleição da presidente Dilma Rousseff. “Não chegou a ser a catástrofe que se anunciava tão somente porque, nas últimas semanas, quando os institutos de pesquisa começaram a dar como certa a reeleição da Dilma, muita gente se desfez dessas ações”, disse um operador de um grande banco de investimentos, sob condição de anonimato. Um exemplo foi o comportamento do Ibovespa. O índice que acompanha as principais ações negociadas no pregão paulista abriu a sessão com queda de 6%. Mas, ao longo do dia, com os ânimos já assentados, as perdas foram reduzidas. A queda do Ibovespa ficou em 2,77%, aos 50.503 pontos.
Mais uma vez, o movimento de vendas na bolsa resultou numa maior procura pelo dólar, com investidores buscando proteção em ativos não sensíveis a uma piora do quadro interno, após a reeleição da presidente. Durante o pregão, a busca pela moeda norte-americana chegou a elevar a cotação em 4,21%, para R$ 2,560 – a maior alta desde 2005.
Ao longo do dia, porém, esse movimento de busca pelo dólar perdeu intensidade. Assim, no fechamento, a divisa dos EUA desacelerou a alta para 2,68%, aos R$ 2,5229 na venda. Mesmo assim, trata-se da maior cotação desde setembro de 2011. O dólar-turismo também ficou mais caro e fechou a R$ 2,74 para venda. Em Belo Horizonte, o câmbio paralelo estava cotado a R$ 2,70.
Uma péssima notícia não só para o turista com viagem marcada para o exterior, mas para os consumidores em geral, que terão de pagar mais caro por produtos fabricados no país, já que um quinto dos insumos utilizados na produção nacional vem do exterior. “Dólar mais alto significa inflação mais alta. Da mesma forma que bolsa em queda representa menos investimento, o que, por sua vez, tende a reduzir ainda mais o já fraco crescimento econômico”, assinalou Roberto Luis Troster, ex-economista-chefe da Febraban.