A Polícia Federal deflagrou na madrugada desta sexta-feira operação para desarticular organização criminosa que fraudava benefícios da Previdência Social. De acordo com as investigações, as fraudes têm ocorrido pelo menos desde 1998. A partir desta data, foram detectados 60 benefícios fraudulentos, totalizando prejuízo de R$ 4 milhões aos cofres públicos. A Polícia Federal estima ainda que os criminosos podem ter provocado um rombo, desde 1998, que supera a marca de R$ 40 milhões.
As fraudes do grupo consistiam na inserção de informações falsas na RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) e depois na GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS), fazendo os sistemas previdenciários aceitarem trabalhadoras de determinadas empresas, sem nunca ter trabalhado nelas, e, portanto, segurados da Previdência Social.
O esquema começou com um dos investigados no Paraná que, depois de cometer delitos naquele estado, migrou para o DF. No Distrito Federal, um dos alvos da operação uniu-se a despachantes, contadores e falsos empresários. Há o envolvimento de escritórios de contabilidade, que usam empresas inativas de fachada, além de atravessadores e possíveis servidores da Previdência Social.
Somente um dos alvos investigados obteve para si diversos NIT (Número de Identificação do Trabalhador) e CPF, fazendo-se passar por mais de dezenas de pessoas.
Com informações da Polícia Federal